O sexto caso de zika foi confirmado por Jaime Nina, virologista e professor no Instituto de Higiene e Medicina Tropical, à SIC Notícias. Ainda falta o resultado de um exame para dar a certeza absoluta, mas o virologista diz que neste momento não já não restam dúvidas.

O doente, que foi picado pelo mosquito na Colômbia, está a recuperar favoravelmente, como aliás seria de esperar num adulto. O maior risco são as grávidas, porque ainda não se sabe se uma infeção com o vírus poderá provocar problemas no desenvolvimento do bebé, incluindo microcefalia.

Os outros cinco casos já confirmados em Portugal dizem respeito a cidadãos portugueses que regressaram do Brasil. Todos se encontram bem.

O vírus zika, à semelhança do dengue e chikungunya, pode provocar febre, dores articulares e manchas o corpo, mas com menor intensidade. O diretor-geral de Saúde, Francisco George, lembra que 80% dos infetados não apresenta qualquer tipo de sintomas e que os doentes recuperação da doença.

Francisco George reforçou que não há perigo de haver um surto em Portugal continental porque não existe nenhum dos mosquitos que pode transmitir a doença – género Aedes – e que na Madeira, onde existe o mosquito Aedes aegypti, não existe o vírus.

O diretor-geral de Saúde lembrou que ainda não existe confirmação científica de que o vírus possa ser transmitido de outra forma que não através da picada do mosquito, logo a transmissão por via sexual não está confirmada. Até ao momento ainda só houve um caso em que um homem terá infetado a mulher nos Estados Unidos e outro homem que teria o vírus no sémen.

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