O tenista sérvio Novak Djokovic manteve-se na rota do sexto título no Open da Austrália, ao bater nas meias-finais o suíço Roger Federer, enquanto a norte-americana Serena Williams e a alemã Angelique Kerber marcaram encontro na final feminina.

Djokovic, primeiro cabeça de série e líder do ‘ranking’ mundial, impôs-se a Federer, terceiro favorito, em quatro ‘sets’, pelos parciais de 6-1, 6-2, 3-6 e 6-3, qualificando-se para o jogo decisivo do ‘Grand Slam’ inaugural de 2016 após 2:19 horas de encontro.

O sérvio, de 28 anos, apurou-se pela sexta vez para a final em Melbourne — um recorde na ‘era Open’, desde 1968 -, na qual vai defrontar o vencedor do encontro entre o britânico Andy Murray, que afastou João Sousa na terceira ronda, e o canadiano Milos Raonic, marcado para sexta-feira.

O 45.º encontro entre o campeão em título e o recordista de troféus do ‘Grand Slam’, com um total de 17, serviu também para desempatar o confronto direto entre dois dos maiores dominadores do ténis mundial nos últimos anos, após 22 triunfos para cada lado.

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“Joguei de forma inacreditável nos dois ‘sets’ iniciais, mas isso é mesmo necessário frente a Roger [Federer], que esteve a um nível muito alto durante todo o torneio”, observou Djokovic, que não perde frente ao suíço em provas do ‘Grand Slam’ desde 2012, em Wimbledon.

O sérvio, vencedor de 10 títulos nos quatro principais torneios, concedeu apenas três jogos nos primeiros dois parciais, ‘disparando’ em apenas 54 minutos para uma vantagem que dificilmente Federer terá sonhado contrariar.

No setor feminino, Serena Williams, primeira cabeça de série e líder do ‘ranking’ mundial, a disputar o seu 16.º Open da Austrália, necessitou de pouco mais de uma hora para bater a polaca Agnieszka Radwanska em dois ‘tranquilos’ parciais, por 6-0 e 6-4.

A norte-americana, campeã em exercício na Austrália, não encontrou muita oposição por parte da quarta pré-designada e qualificou-se pela 26.ª vez para a final de um ‘major’, mantendo-se firme na corrida pelo sétimo título em Melbourne.

A história não jogava a favor de Radwanska e Williams fez questão de a reforçar: a número um mundial tinha batido a polaca em todos os oito encontros anteriores e nunca perdeu nas ‘meias’ do torneio australiano, na caminhada para a conquista dos seus seis títulos.

Caso se imponha na final de sábado, Williams iguala, aos 34 anos, o recorde de títulos na ‘era Open’ da alemã Steffi Graf, que venceu 22 provas do ‘Grand Slam’, ficando a apenas dois do máximo absoluto, que pertence à australiana Margaret Court.

A norte-americana é clara favorita frente a Kerber, sétima cabeça de série, que hoje se qualificou pela primeira vez para a final de um ‘major’, à 33.ª tentativa, ao derrotar a britânica Johanna Konta também em dois ‘sets’, por 7-5 e 6-2.

Kerber, de 28 anos, tornou-se a primeira alemã a atingir uma fase tão avançada da prova em Melbourne desde que a compatriota Anke Huber perdeu a final de 1996 para Monica Seles. Graf foi, precisamente, a última tenista germânica a sagrar-se campeã, dois anos antes, em 1994.