Uma comitiva de representantes dos trabalhadores da CP Carga concentra-se esta quinta-feira em frente à sede da empresa, na Avenida da República, seguindo depois para o Tribunal de Contas e para a secretaria de Estado das Infraestruturas, para contestar a privatização.

Em declarações à Lusa, o coordenador da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), José Manuel Oliveira, explicou que se trata de “um ato simbólico para manter o assunto da privatização em aberto”.

A concentração começa às 10:30 em frente à sede da CP Carga, na Avenida da República, em Lisboa, seguindo depois os representantes dos trabalhadores para o Tribunal de Contas e para a secretária de Estado das Infraestruturas.

O sindicato tinha convocado uma greve para que os trabalhadores da CP Carga pudessem participar na ação de protesto contra a privatização transportadora ferroviária de mercadorias, mas entretanto foi concretizada a venda de 95% da empresa ao grupo suíço MSC, o que levou o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário a cancelar a greve.

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A estrutura sindical justificou então que “o conflito laboral não é com o atual patrão”.

O ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, explicou na semana passada que o Governo não equacionou a reversão do processo de privatização da CP Carga, realçando que a empresa tem acumulado défices operacionais.

“A situação [da CP Carga] era de manutenção de défices operacionais e seria uma realidade se não fosse feita qualquer evolução futura”, afirmou o governante na comissão de Economia, no dia em que acabou por ser concluída a venda de 95% do capital da CP Carga à operadora ferroviária suíça MSC, negócio que tinha sido conduzido pelo anterior Governo.