As autoridades de saúde da Guatemala adiantaram este sábado que pelo menos 105 pessoas foram infetadas com o vírus zika e admitem que esse número possa aumentar, refere a agência noticiosa AFP.

A epidemiologista do Ministério da Saúde da Guatemala Judith Garcia disse ao jornal Prensa Libre que se confirmaram 105 casos em 200 suspeitos, 68 dos quais relativos ainda ao ano de 2015.

Por cada caso confirmado, disse Garcia, pode haver mais três pacientes que não procuraram os profissionais de saúde ou que são assintomáticos, o que significa que os números reais de pessoas infetadas no país possam ser muito superiores.

O vírus zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que também é responsável pela transmissão de dengue, e manifesta-se em sintomas semelhantes aos da gripe como febres baixas, dores de cabeça, dores nas articulações e erupções cutâneas.

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“O clima húmido da Guatemala é bastante favorável” ao vírus, disse Garcia.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a doença está a propagar-se “de forma explosiva” pelo continente americano, com três a quatro milhões de casos esperados este ano, dos quais 1,5 milhões no Brasil, o país mais afetado.

Este vírus é associado no Brasil a um aumento de casos de microcefalia, um distúrbio de desenvolvimento fetal que causa o perímetro do crânio infantil mais baixo do que o normal, o que provoca atrasos no desenvolvimento mental.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) indicou que os sintomas e sinais clínicos da doença são, em regra, ligeiros: febre, erupções cutâneas, dores nas articulações, conjuntivite, dores de cabeça e musculares.