Um instituto de investigação indonésio anunciou este domingo que identificou um caso positivo do vírus zika na ilha de Sumatra, adiantando que o vírus circulou “por algum tempo” no país.

O Ministério da Saúde indonésio não conseguiu ainda confirmar o relatório do Instituto de Biologia Molecular Eijkman, refere a AFP.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) vai ter uma reunião de urgência sobre a epidemia de zika, suspeita de provocar malformações congénitas nos fetos, na sequência da propagação do vírus “de maneira explosiva” no continente americano, com três a quatro milhões de casos esperados este ano.

De acordo com o instituto de investigação, um homem de 27 anos a residir na província de Jambi, na ilha da Sumatra, e que nunca viajou para o estrangeiro, foi infetado com o vírus, que é transmitido através da picada de mosquito.

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O instituto especificou que este caso foi identificado no âmbito de um estudo sobre a epidemia de dengue naquela província.

O vírus zika é transmitido pelos mosquitos-tigre (Aedes albopictus) e por Aedes aegypti, que também são responsáveis pela transmissão do dengue, febre amarela e chikungunya, e manifesta-se com sintomas semelhantes à gripe: febre, dor de cabeça e dores musculares, com erupções cutâneas.

“Das 103 amostras (negativas para o dengue), encontrámos uma que foi positiva para o zika”, declarou à AFP o número dois do instituto, Herawati Sudoyo, que esclareceu que estas tinham sido recolhidas durante uma epidemia de dengue em Jambi, entre dezembro de 2014 e abril de 2015.

“Concluímos que o vírus circulou algum tempo pela Indonésia”, acrescentou.

O vírus zika retira o seu nome de uma floresta no Uganda, onde foi sinalizado pela primeira vez em 1947.