Das 25 mulheres que foram mortas o ano passado pelos maridos, amantes ou companheiros, nove já tinham apresentado queixa junto das autoridades, avança o Público. De acordo com informações enviadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), cinco dos casos já estavam até a ser investigados. Num deles a investigação tinha sido arquivada por falta de provas.

Segundo os dados da PGR, duas mulheres que viriam a ser assassinadas em 2015 solicitaram a suspensão provisória do processo, que visa o arquivamento do mesmo passado o prazo definido. Com a suspensão, o agressor pode ficar livre da qualidade de arguido, caso tinha cumprido com as obrigações previstas e consiga provar que existiu uma alteração no seu comportamento.

Algumas das nove queixas tinham sido apresentadas à Polícia de Segurança Pública (PSP) ou à Guarda Nacional Republicana (GNR) poucos meses antes dos homicídios e, em alguns casos, poucos dias antes. Destes casos, o mais extremo foi o de uma mulher de 52 anos, assinada em Setúbal no mesmo dia em que fez queixa junto da polícia, refere o Público. A denúncia deu entrada nos serviços do Ministério Público no dia seguinte à sua morte, tendo sido apresentada à PSP horas antes do homicídio.

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