A chanceler alemã, Angela Merkel, pediu ao presidente russo, Vladimir Putin, para intervir junto dos separatistas do leste da Ucrânia no sentido de serem respeitados os acordos de Minsk e o cessar-fogo.

Num contacto telefónico, “a chanceler disse claramente ao presidente Putin que, para que haja outros avanços no sentido de uma solução política global da situação no leste da Ucrânia, o cessar-fogo deve ser respeitado e os observadores da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa) devem ter acesso sem restrições a todo o território do conflito, incluindo as fronteiras ucranianas”, indica-se n um comunicado da chancelaria.

Merkel considerou que “a Rússia deve usar a sua influência junto dos separatistas”.

A chanceler lamentou na segunda-feira, por ocasião da visita a Berlim do presidente ucraniano, Petro Poroshenko, que continue a não haver um “cessar-fogo duradouro” na Ucrânia, quase um ano depois da assinatura dos acordos de Minsk.

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Sublinhou, por outro lado, que as sanções contra a Rússia não serão levantadas enquanto não forem respeitados os acordos assinados em fevereiro de 2015 em Minsk sob o seu patrocínio e do presidente francês, François Hollande.

Moscovo e Kiev estão envolvidos numa crise sem precedentes desde que as forças pró-ocidentais chegaram ao poder na Ucrânia no início de 2014. A situação agravou-se com a anexação russa da península ucraniana da Crimeia e com o apoio russo aos separatistas do leste.

Segundo Poroshenko, a Rússia continua a enviar armas e homens para a Ucrânia, enquanto os separatistas pró-russos continuam a impedir os observadores internacionais de se deslocarem no terreno.

Mais de 9.000 pessoas morreram e 20.000 outras ficaram feridas nos combates no leste da Ucrânia desde abril de 2014, segundo a ONU.