O reitor do Santuário de Fátima, Carlos Cabecinhas, afirmou que “qualquer alarmismo é dizer que o terrorismo está a vencer”, mostrando-se contudo preocupado com eventuais ameaças aquando da vinda do papa Francisco a Portugal, em 2017.

“A ameaça terrorista preocupa-nos a todos e tem de nos preocupar. No entanto, qualquer alarmismo é dizer que o terrorismo está a vencer. Uma linguagem alarmista relativamente à possibilidade de um atentado, e isso refere-se a qualquer lugar onde haja grande afluência de pessoas, significa estar a fazer o jogo dos grupos terroristas e estar a limitar a nossa vida precisamente com o terror”, afirmou em resposta aos jornalistas o padre Carlos Cabecinhas, na conferência de apresentação do programa do centenário das aparições de Fátima.

O reitor acrescentou que é esse medo que “pretende toda a ação terrorista”, que quer “limitar, levando a uma vivência em medo permanente do que possa vir a acontecer”.

“Não embarcaremos nesse tipo de linguagem alarmista em relação aos perigos que possa haver. Tomamos as precauções e continuamos a achar que Fátima é um lugar seguro”, garantiu Carlos Cabecinhas.

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Sem avançar com uma previsão do número de pessoas que o Santuário prevê que estejam presentes nos dias 12 e 13 de maio de 2017, o reitor afirmou que procuram “estar preparados para o maior número possível”.

“Esperamos uma larga e grande afluência de peregrinos durante todo este conjunto das celebrações, mas não nos é possível fazer qualquer estimativa em relação aos números. Esperamos um aumento de peregrinos em relação ao que é habitual e o habitual já é de grandes multidões em Fátima”, sublinhou.

Quanto a medidas de segurança, o padre Carlos Cabecinhas informou que o Santuário tem os seus “próprios meios”, que procuram que “estejam preparados para responder a qualquer eventualidade ao nível da segurança”.

Mas também estão a “colaborar com as diversas entidades e instituições que têm essa responsabilidade para se procurar a maior segurança possível para todos os eventos” de modo a garantir, “naquilo que é possível, a maior segurança a todos aqueles que vêm a Fátima”.