Histórico de atualizações
  • E é tudo do Restelo. Muito obrigado pela preferência, tenha um ótimo e sossegado fim-de-semana, e não se esqueça: trago-lhe a crónica do jogo daqui a nada. Até mais! 

  • O resumo do jogo

    É difícil a quem escreve dizer de um resultado se é justo ou não. Na noite do Restelo, se se olhar aos tantos erros defensivos (os belenenses do meio-campo também se mostraram sempre inconsequentes a atacar e premiáveis na hora de defender) dos da casa, o resultado só veio a pecar por escasso. Cada tiro, seu melro. O Benfica fez oito remates, cinco golos.

    Um deles, o primeiro do jogo e o primeiro de Mitroglou, ainda na 1.ª parte, foi um disparate de todo o tamanho de Ventura, que quis segurar a bola quando este pedia um desvio para lá do sol posto. Em que é que deu? Deu em “frango”, como está bom de ver. O outro disparate foi o que esteve na origem do 4-0, também por Mitrolgou, em que Gonçalo Silva, numa defesa a três, não só não encontrou uma linha de passe, como ainda escorregou e deixou que Gaitán assistisse o grego. Tudo o mais, foi mau demais.  Isto no lado do Belenenses.

    E o Benfica nem teve que fazer um jogo de bradar aos céus de tão bom. Não. Bastou-lhe que aproveitasse o que o Belenenses ofereceu para ir molhando a sopa. No ataque, e aqui o resultado talvez não peque por escasso, mas por excessivo, o Belenenses fez seis remates, quase todos na 2.ª parte, apenas dois a menos que o Benfica, mas ou falhou quando não é (e onde não é) permitido falhar, ou Júlio César, tremendamente eficaz, defendeu. E defendeu tudo, o brasileiro.

    Deixemos a justeza dos números de parte. O Benfica é um vencedor mais do que justo. E marca como ninguém em Portugal: fez hoje o golo oitenta (!) em 33 jogos. E é líder, um ponto acima do Sporting, que só na segunda-feira recebe o Rio Ave em Alvalade. E como se já não bastasse o Rio Ave ser das equipas que melhor tratam a bola na Liga, o Sporting ainda vai passar três noites atrás do Benfica. Será que vai sentir a pressão? A parte do Benfica já Mitroglou e Jonas a fizeram. E Ventura… E os Gonçalos, Silva e Brandão…

  • E acabou no Restelo! 

    https://twitter.com/bola24pt/status/695735361906016259

  • GOLO! 5-0 para o Benfica

    Assistência de Carcela, golo de Jonas. A defesa do Belenenses está para lá sofrível. Mas o Benfica não tem culpa disso. E aproveita. Carcela arrancou pela direita, deixou Fábio Nunes e Gonçalo Brandão para trás, cruzou para Jonas no centro da área, o pistolas tem tempo para tudo, receber, recuar, olhar para a baliza à procura de um buraquinho onde pôr a bola, e encontrou-o mesmo. 5-0. 

  • GOLO! Hat-trick de Mitroglou

    Gonçalo Silva meteu água e de que maneira! O central, que entrou ao intervalo, escorregou (e só escorregou porque demorou mais do que a conta a despachar dali o perigo), Gaitán recuperou-lhe a bola, deu-a de calcanhar para Mitrolgou e o grego, com facilidade e só com Ventura à frente, fez o 4-0. Se dúvidas houvesse, dissiparam-se: o Benfica arrumou com o jogo. E só desacelerando é que não faz mais uns quantos. 

  • É obra:

  • O livre era frontal, com a baliza de Júlio César em mira. Estavam lá três camisolas do Belenenses, a de André Sousa, Miguel Rosa e Carlos Martins, mas só a última, a “22” de Martins é que chutaria. E que “bomboca” que foi. Só que do outro lado está aquele que, na Era de Mourinho em Milão, foi considerado o melhor guarda-redes entre os melhores da Europa. E defendeu. Que defesa! 

  • I-na-cre-di-tá-vel o que Miguel Rosa acaba de falhar! O português foi desmarcado entre os centrais, foi mais rápido que Jardel a chegar à bola, mas, só com Júlio César pela frente, errou a baliza. Assim não, Miguel… 

  • GOLO! 3-0 por Mitrolgou, que bisa

    Tudo bem feito. Tudo simples. Renato Sanches avançou pela esquerda, desmarcou Pizzi na direita, o português, na área, livrou-se da marcação de Gonçalo Brandão com simplicidade, lá está, cruza para meio e Mitrolgou faz um daqueles golos que são de encostar. 3-0. Bis do grego. 

  • Gonçalo Silva, desde a defesa, consegue, com uma desmarcação rente à relva, consegue desmarcar o avançado espanhol Juanto Ortuño nas costas de Lindelof e Jardel. Jardel nem reagiu, o sueco sim, correu atrás de Juanto, mas este só não reduziu porque Júlio César defendeu, todo esticado, para canto.  

  • GOLO! Jonas faz o 2-0 com classe

    É do pistolas. Mais um. São já 22 na Liga. Gaitán endossou-lhe a bola, à entrada da área, mas não foi sequer uma assistência para golo. O golo só surgiu porque Jonas, por sua conta e risco, fez uma recepção orienta que trocou as voltas às marcações, ficou só com Gonçalo Silva pela frente, entortou-o com o corpo e rematou para longe das luvas de Ventura. Que talento, o de Jonas — e pensar que o Valência o dispensou e que os adeptos Che não o queriam no Mestalla. 

  • Enfim, um remate do Belenenses. Não foi tão transviado quanto o de Carlos Martins na 1.ª parte, mas voltou a não acertar-se com a baliza de Júlio César. Nem de propósito, foi Martins a desmarcar Miguel Rosa. Rosa recebeu o passe na esquerda, foi avançando da faixa para dentro, redondinha colada na bota direita e rematou em arco. Pedia-se-lhe um arco curto, como o da rua da Rosa, no Bairro Alto, mas saiu-lhe um arco enorme, como o do Triunfo, em Paris, e Júlio César nem se mexeu. Mas ficou o aviso. 

  • E recomeça o jogo! 

  • Ao intervalo, o treinador Julio Velázquez troca Rúben Pinto por Gonçalo Silva. O Belenense vai jogar com três centrais: Abel Aguilar, Gonçalo Silva e Gonçalo Brandão. 

  • O resumo da 1.ª parte

    Convém ao Belenenses, se quiser desassossegar a noite ao Benfica e evitar que os encarnados sejam lideres (pelo menos) de fim-de-semana, rematar. Só isso: rematar. Fê-lo, o Belenenses, uma vez, mal e parcamente, com Carlos Martins — é ele o único que mostra alguma serenidade e certeza entre os que equipam de azul — a encher o pé (em tempo “canhão”), mas a errar a baliza de Júlio César por muito. Se errasse por mais, talvez acertasse nos famosos croissant do Careca, no Restelo. Era um desperdício. 

    O que também foi desperdício foi o futebol do Benfica na 1.ª parte. Em toda, do início até que Nuno Almeida terminou com as correrias. Se se é pressionante, até acutilante, se há um Samaris a recuperar bolas, se há um Renato Sanches a distribuí-la pelos demais, se há Gaitán ziguezagueante e Jonas rematador, porquê demorar tanto tempo a chutar ou nem sequer fazê-lo — o Benfica chutou por duas ocasiões antes de, à terceira, fazer o 1-0. E porquê de a defesa, apesar de pouco ou nada incomodada, quando o é, tremer como varas verdes. Até Jardel, hoje sem Luisão nem Lisandro por parelha, tremia. E ele não é de tremeliques. 

    Certo é que no Restelo, quase, quase em cima do intervalo, soltou-se um peru no relvado. Não, não era Carillo que por lá andava; esse só chega no Verão. Foi Ventura, depois de um cruzamento irrepreensível de Pizzi para a cabeça de Mitrolgou, na área, a disparatar na hora de segurar o cabeceamento do grego. Ah, mas quem anda lá dentro é que sabe como é díficil! Isso na televisão é tudo mais fácil e somos todos os maiores! Não. Era trigo limpo, farinha amparo para um guarda-redes que se quer de Seleção. Mas não foi…

  • Nem mais um minuto o árbitro Nuno Almeida deu para se jogar. Tudo para o balneário, ordenou ele ao segundo sopro no apito. 

    https://twitter.com/bola24pt/status/695718803985055744

  • GOLO! 1-0 para o Benfica. Que "frango" de Ventura

    É de Mitrolgou, de cabeça. O Benfica fez tudo bem. Pizzi subiu pela direita, sozinho — Fábio Nunes que o deveria marcar, não o marcou –, levantou a cabeça, viu Mitroglou nas costas de Gonçalo Brandão e foi lá que pôs o passe. O grego saltou, cabeceou como vem nos manuais, de cima para baixo, o cabeceamento nem foi particularmente forte ou colocado, até foi à figura de Ventura, mas o guarda-redes internacional português deixou passar por entre as luvas, deitado no relvado. Uma coisa é certa: o Benfica está na frente e fez por isso. O Belenenses, a erra como vinha errando até aqui, só não sofreu antes por obra e graça do Espírito Santo. 

  • André Almeida não foi abençoado pela técnica. Ela sabe que não. Nunca foi ou será um lateral (e menos ainda médio) consensual no Benfica. Mas ninguém pode negar que é dos que mais sua a camisola, seja em posição for. Agora, encheu-se de vontade, subiu pelo flanco que é o seu, o direito, não viu ninguém a quem passar a bola e chutou. Do meio do nada. Longe, demasiado longe da baliza. Mas quase fazia um golo do outro mundo, no ângulo superior esquerdo da baliza de Ventura. Errou por pouco. Ele sabe. 

  • André Almeida não foi abençoado pela técnica. Ela sabe que não. Nunca foi ou será um lateral (e menos ainda médio) consensual no Benfica. Mas ninguém pode negar que é dos que maus sua a camisola, seja em posição for. Agora, encheu-se de vontade, subiu pelo flanco que é o seu, o direito, não vou a quem passar a bola e chutou. Do meio do nada. Longe, demasiado longe da baliza. Mas quase fazia um golo do outro mundo, no ângulo superior esquerdo da baliza de Ventura. Errou por pouco. Ele sabe. 

  • Por instantes, quase que se viu Maradona no Restelo, vindo lá do passado, da Bombonera, do Camp Nou ou do San Paolo em Nápoles. Gaitán pegou na bola ainda antes do meio-campo, avançou com ela na canhota, driblou um, dois, todos quantos lhe surgissem por diante, e só foi travado, como Maradona tantas vezes foi por Andoni Goikoetxea, em falta. Rúben Pinto, que o travou, quase, quase à entrada da área, viu amarelo. 

1 de 2