A tentativa mais comum foi apontar à cabeça do argelino e cruzar, cruzar e cruzar. Mas nada feito. O Sporting passou hora e meia em Alvalade a desperdiçar todas as jogadas que inventou para deixar alguém com hipótese de fazer um golo ao Rio Ave. Os leões não jogaram rápido, foram mais previsíveis que o costume e dependeram em demasia do que Bryan Ruiz ou João Mário conseguissem criar, nas alas. Criaram pouco e não houve jogo pelo meio, fosse por Adrien ou por Téo Gutiérrez, que inventasse tabelas ou jogadas apoiadas que fizessem mexer os vila-condenses que se reuniam à frente da área. Tanto na primeira como na segunda parte.

Antes e depois do intervalo, aliás, o Rio Ave até teve oportunidades das boas para marcar. Uma pelo pé direito de Tarantini, que rematou já na área para Rui Patrício justificar o porquê de, às vezes, o tratarem como se fosse um santo. A outra pela cabeça de Kayembe, que sozinho nas costas de Zeegelaar rematou a bola contra a relva e deixou que o guarda-redes do Sporting desviasse a bola por cima da baliza. É verdade que, depois, sobretudo na segunda parte, a equipa de Pedro Martins encolheu-se e achou por bem manter-se organizada para guardar o ponto que sentia que podia levar dali. O Sporting foi tentando e tentando, até com Hernán Barcos, que se estreou com 15 minutos na frente com Slimani, mas nada feito. O nulo era para durar.

E durou até ao fim. As câmaras de televisão mostraram adeptos atrás de adeptos de cabisbaixo, com o olhar à deriva pelo estádio, e percebe-se — num jogo em que podia ganhar pontos a um rival e retomar a distância que tinha de outro, o Sporting acaba por fazer apenas uma tarefa. E mal. O empate deixa os leões com 52 pontos no campeonato, os mesmos que o Benfica tem, e dá-lhe uma vantagem de seis pontos sobre o FC Porto. Na próxima sexta-feira há um Benfica-FC Porto no Estádio da Luz e, agora, o Sporting poderá não lucrar tanto quanto poderia caso tivesse vencido o Rio Ave.

Fim do jogo no Estádio de Alvalade. Sporting empata a zero com o Rio Ave.

O central do Sporting fartou-se de agarrar Kayembe. O extremo belga-congolês já tinha deixado Adrien deitado na relva e ficaria com a hipótese de rematar à baliza de Rui Patrício caso o central não tivesse feito falta.

Zeegelaar cruzou com o pé direito, um pouco em balão, e Slimani cabeceou a bola, também em balão. Parecia que a bola passaria por cima da baliza, mas não, porque Cássio teve tanta dificuldade em agarrá-la que ainda a soltou e quase deixou que Bryan Ruiz ficasse com ela.

Mais uma falhanço do Sporting. Bryan Ruiz livrou-se de dois adversários perto da quinta da área, à esquerda, e tirou um cruzamento dos bons para Gelson rematar ao segundo poste. Foi o que o miúdo fez, mas atirou a bola para a bancada.

Belo pormenor de Gelson Martins, a passar a bola por cima de Edimar, mas o cruzamento que o extremou tirou depois acabou no peito de Villas Boas porque Hernán Barcos ficou parado, a olhar.

Cruzamento de João Pereira na direita e, perto do primeiro poste, Hernán Barcos salta para cabecear. Saiu com força, mas a bola foi direita às mãos de Cássio.

O extremo português do Rio Ave bem abriu os braços, mas não se desviou para deixar passar Bryan Ruiz, que arranjou maneira de passar por Ukra e por Pedrinho, à esquerda.

Sai Téo Gutiérrez para entrar Hernán Barcos. O avançado argentino estreia-se pelo Sporting.

Gritou-se golo em Alvalade, mas nada feito. Sebastián Coates pôs-se a festejar, mas o árbitro apitou falta do central uruguaio sobre Wakaso, na pequena área. Viu-se um braço do centra por cima do ombro do médio do Rio Ave.

E esta, como é que Slimani não acerta na baliza? João Pereira tirou um cruzamento ao segundo poste, o avançado fugiu pelas costas de Villas Boas e tinha Cássio bem longe do poste esquerdo, mas o cabeceamento que deu na bola atirou-a para a bancada.

Bem o Sporting. Fez uma jogada pela direita com três tabelas, quase todas com João Mário pelo meio, até o português ir quase até à linha de fundo e reparar que não tinha espaço para cruzar. A bola foi para trás, a equipa levou-a até aos defesas e começaram do zero, com paciência, até Sebastián Coates descobrir maneira de, com um passe rasteiro, desmarcar Téo Gutiérrez à direita da área. O cruzamento a meio altura do colombiano quase chegou a Islam Slimani.

Sai Paulo Oliveira, lesionado, entra Rúben Semedo. O Sporting já vai em quantas duplas de centrais nesta época?

Como é que Kayembe falha isto? Nem ele acredita. O extremo escondeu-se nas costas de Zeegelaar e estava sozinho quando cabeceou a bola cruzada por Edimar, mas apontou para a relva e, após ela ressaltar, Rui Patrício ainda a conseguiu desviar por cima da baliza. A jogada aconteceu quando William Carvalho ainda estava a fazer de central.

Isto não é bom sinal para Paulo Oliveira. O Rio Ave deu um chutão para a frente, Coates não conseguiu matar a bola na relva, ela sobrou para Kayembe e o central português teve que dar corda às pernas para apanhar o extremo. Quando o fez, agarrou-se à coxa e começou a coxear. Até já saiu do campo. Não dá mais.

A bola já rola de novo em Alvalade!

Intervalo no Estádio de Alvalade. Sporting e Rio Ave estão empatados a zero golos.

Por isso é que lhe chamam São Patrício! Tarantini entrou pela direita da área e ao segundo toque que deu na bola estava a rematar à baliza. O guarda-redes do Sporting esticou-se para impedir que a bola entrasse entre ele e o poste direito.