Os principais países do mundo chegaram segunda-feira a acordo para, pela primeira vez na história, estabelecerem um limite para reduzir as emissões de dióxido de carbono na aviação comercial, informaram os participantes.

O acordo, alcançado em Montreal, Canadá, por 23 países da Organização da Aviação Civil Internacional, tem de ser agora aprovado pelo conselho de governo do organismo da ONU.

Os Estados Unidos deram como certa a aprovação do acordo que a Organização da Aviação Civil Internacional qualificou como “recomendações” realizadas por 170 peritos internacionais do Comité sobre Proteção Ambiental da Aviação.

A Casa Branca referiu, em comunicado, que os “Estados Unidos e outros 22 países alcançaram o primeiro acordo da história sobre limites globais em emissões da aviação comercial”.

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“Quando estiverem totalmente implementados, as emissões de carbono devem diminuir em mais de 650 milhões de toneladas entre 2020 e 2040”, acrescentou a Casa Branca.

Aquele valor é equivalente a retirar mais de 140 milhões de veículos das estradas durante um ano.

Um funcionário da Casa Branca, que qualificou o acordo de “histórico”, considerou que é “um grande passo em frente” na agenda global contra as alterações climáticas e sublinhou que vai ser aplicado tanto em aeronaves que estão a ser fabricadas como as que se vão fabricar no futuro.

“Os Estados Unidos pressionaram muito para ter um bom padrão e está orgulhoso de ter conseguido um acordo tão sólido”, indicou aos jornalistas o funcionário, que pediu para não ser identificado.

Em Montreal, sede da Organização da Aviação Civil Internacional, a presidente do conselho do organismo da ONU, Olumuyiwa Bernard Aliu, qualificou como “recomendações” as medidas ambientais aprovadas.

O acordo também estabelece o fim da produção, em 2028, de todos os aviões que não cumpram os padrões definidos.

As medidas vão ter maior impacto nos aviões de maior tamanho, que pesam mais de 60 toneladas, responsáveis por 90% das emissões da aviação internacional.