O fundador do ‘site’ WikiLeaks Julian Assange manifestou-se nesta terça-feira contra a candidatura de Hillary Clinton à presidência dos Estados Unidos, ao considerar que a ex-secretária de Estado defende uma “guerra estúpida e sem fim”. O ativista publicou, no portal que em 2010 divulgou milhares de documentos diplomáticos secretos dos Estados Unidos, um artigo no qual garante que se Clinton chegar à Casa Branca vai fomentar conflitos “que vão propagar o terrorismo”.

Hillary Clinton e Bernie Sanders são os candidatos às primárias do Partido Democrata para às eleições presidenciais norte-americanas, em novembro próximo. “Há muitos anos que lido com Hillary Clinton e li milhares de comunicações (diplomáticas). Hillary não tem capacidade de análise e vai empurrar os Estados para conflitos infinitos”, afirmou Assange, refugiado na embaixada do Equador em Londres desde 2012.

A guerra na Líbia “é o Iraque” de Clinton, que foi secretária de Estado entre 2009 e 2013. “A guerra de Hillary avivou o terrorismo, matou dezenas de milhares de civis inocentes e fez retroceder centenas de anos os direitos das mulheres no Médio Oriente”, garantiu Assange, de 44 anos, que a Suécia quer julgar por crimes sexuais.

Na passada semana, o australiano considerou “uma vitória” o parecer do grupo de trabalho sobre detenções arbitrárias da ONU, de acordo com o qual a detenção de Assange é ilegal. Estocolmo argumentou que Assange “está voluntariamente” na embaixada do Equador e informou que vai apresentar um novo pedido para interrogar o australiano na representação diplomática em Londres.

Assange encontra-se na embaixada do Equador desde 2012, quando esse país lhe concedeu asilo, após um longo processo legal no Reino Unido, que terminou com a decisão da sua entrega às autoridades da Suécia, onde é suspeito de crimes sexuais.

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