Depois da hecatombe eleitoral de terça-feira, o Governador do Estado de Nova Jersey, Chris Christie, acabou por abandonar a corrida presidencial, juntando-se assim a Carly Fiorina, que anunciou a desistência ainda esta quarta-feira.

Num texto publicado no Facebook, o republicano reconheceu que acabou por ficar aquém das expectativas, mas deixou uma garantia: “[Saio] da corrida sem um pingo de arrependimento”. 

“Eu ganhei eleições que devia perder e perdi eleições que devia ganhar. E isso significa que nunca sabes o que pode acontecer. É a magia e o mistério da política – nunca sabes o que pode acontecer, mesmo quando pensas que sabes”, escreve Christie.

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O candidato às primárias republicanas decidiu desistir da corrida depois de ter alcançado um resultado muito pobre na última noite eleitoral. E isto, mesmo tendo apostado grande parte das suas fichas no New Hampshire.

“Não foi [mesmo] por falta de tentativa”, como escreve a revista norte-americana The Atlantic. Passou horas no terreno, tentou convencer eleitores, quase porta a porta, respondeu a perguntas e aos pedidos da população, atacou os adversários e até arriscou uma espécie de pedido de casamento ao Estado, com direito a joelho no chão e tudo. “Não foi suficiente”, acabaria por admitir Chris Christie depois de contados os votos.

O sexto lugar alcançado entre os republicanos naquele Estado hipotecou as hipóteses de Chris Christie – basta recordar, como escreveu aqui o Observador, que o New Hampshire é praticamente um Estado que permite prever quem chegará ao final da corrida como vencedor dentro do partido.

Uma das fontes ouvidas pelo jornal norte-americana, descrita como muito próxima de Chris Christie, chegou mesmo a dizer: “Ele está acabado”. E Christie deixaria mesmo a corrida.

Fim do sonho para Carly Fiorina

Nesta altura, o leque de candidatos a candidatos do lado Republicano ameaça mingar de forma considerável. Chris Christie pode estar prestes a anunciar a desistência. Carly Fiorina, a “Hillary Clinton” dos Republicanos, já o fez. “Vou continuar a viajar por este país e a lutar por aqueles americanos que se recusam a aceitar as coisas como elas são e o status quo que não funciona mais para eles”, garantiu Fiorina, num texto publicado no Facebook.

carly fiorina

A campanha da ex-presidente da HP foi perdendo gás ao logo da corrida presidencial – a republicana chegou mesmo a estar em segundo lugar nas sondagens, apenas atrás de Donald Trump.

Depois de dois primeiros debates bem conseguidos, como lembra a CNN, um furacão chamado Donald Trump continuou a roubar grande parte das atenções mediáticas.

Os outros dois principais nomes republicanos, Ted Cruz e Marco Rubio também afinaram as estratégias e roubaram muito espaço à candidata. Os resultados nas primárias no Iowa e no New Hampshire acabaram por confirmar esse cenário.