O resultado líquido combinado das empresas de seguros sob supervisão da ASF quase quintuplicou (390%) para 378 milhões de euros no ano passado, valor que compara com o lucro de 77 milhões de euros em 2014, informou o supervisor.

“O resultado líquido global foi positivo, atingindo os 378 milhões de euros, o que será um bom contributo para o reforço de capitalização do setor”, lê-se na nota informativa libertada pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

Já a taxa de cobertura da margem de solvência situou-se, no final de 2015, em 238%, o que representa um aumento de 32 pontos percentuais face ao final de 2014.

“A confortável taxa de cobertura da margem de solvência das empresas de seguros supervisionadas pela ASF evidencia a solidez do setor segurador bem como o seu nível de preparação para corresponder às exigências de capitais resultantes da entrada em vigor, em 01 de janeiro de 2016, do novo regime de solvência (Solvência II)”, realçou a entidade liderada por José Almaça.

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O nível de solvência de uma empresa de seguros traduz a existência de capacidade financeira daquela empresa para satisfazer os seus compromissos, incluindo a margem de segurança necessária para fazer face a acontecimentos adversos menos prováveis.

No quarto trimestre de 2015, a produção de seguro direto relativa à atividade em Portugal das empresas de seguros sob a supervisão da ASF apresentou, em termos globais, uma quebra de 6,6% face ao período homólogo de 2014, em grande parte explicada pelo ramo Vida. No período em referência, os custos com sinistros tiveram um aumento de 9,3%, também fortemente influenciado pelos resgates no ramo Vida, segundo a ASF.

O rácio de cobertura das provisões técnicas registou uma ligeira queda de 0,3 pontos percentuais, tendo passado de 105,8% em dezembro de 2014 para 105,5% no final de 2015.

Durante o trimestre em análise observou-se uma redução do valor das carteiras de investimento das empresas de seguros de 2,6%, face aos montantes sob gestão no final de 2014, perfazendo um montante global de 49,5 mil milhões de euros.

Voltando à questão dos lucros do setor, é de notar que o resultado líquido das companhias de seguros que operam no mercado português tinha ascendido a 432 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, pelo que houve um resultado líquido negativo, em termos combinados, na segunda metade do ano de 54 milhões de euros.

Segundo revelou em setembro a ASF, na viragem do semestre de 2015, das 47 empresas de seguros que atuam em Portugal e que estão sob sua supervisão, 37 apresentaram resultados positivos.

Refira-se que ainda não há mais detalhes sobre o total do exercício de 2015.