A startup que João Barros e Susana Sargento lançaram em 2012 angariou perto de 2o milhões de euros numa ronda de investimento Série B, liderada pela capital de risco norte-americana Verizon Ventures, à qual se juntaram a Cisco Investments, Orange Digital Ventures e Yamaha Motor Ventures. Os investidores da ronda Série A – a True Ventures, Union Square Ventures e Cane Investments – também participaram. No total, a empresa já angariou cerca de 24 milhões de euros.

A Veniam está sediada na Califórnia, nos EUA, mas nasceu de uma colaboração entre a Universidade de Aveiro, a Universidade do Porto e o Instituto de Telecomunicações, com o apoio da Fundação para a Ciência e Tecnologia, a UPTEC e o Programa Carnegie Mellon Portugal. É responsável pela tecnologia que faz a ligação entre veículos, objetos móveis e utilizadores para ampliar a cobertura de rede wifi. Ou seja, por transformar autocarros ou camiões em pontos de acesso à internet de banda larga, em movimento.

Com este investimento, a empresa explica, em comunicado, que quer expandir os seus serviços um pouco por todo o mundo, para cidades como Nova Iorque, Singapura, Barcelona ou Londres. A maior rede veicular implementada pela Veniam é a do Porto, que ajuda a que o wifi chegue a 300 mil utilizadores individuais. A empresa emprega colaboradores em Silicon Valley, Porto e Singapura.

“As redes de veículos conectados ou de outros objetos móveis são um conceito radicalmente novo e estamos entusiasmados por ajudar a Veniam a melhoras as ‘cidades inteligentes’ do futuro”, afirmou Ed Ruth, sócia da Verizon Ventures, em comunicado.

João Barros, presidente da startup, acrescentou que “a convergência dos sistemas urbanos de mobilidade, das tecnologias sem fios, da Internet das coisas, dados georreferenciados, e em breve, dos veículos autónomos, está a ser totalmente diruptiva na forma como transportamos as pessoas e bens”.

A tecnologia da Veniam permite que as frotas de transportes públicos e privados recolham uma grande quantidade de dados de elevada precisão, a partir dos veículos. O que vai permitir desenvolver, no futuro, novos modelos de transportes a pedido e novos serviços de mobilidade, como os carros autónomos.

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