O ministro do Trabalho e da Segurança Social negou esta tarde que o Fundo da Segurança Social esteja a perder centenas de milhões de euros nas últimas semanas por causa do aumento dos juros da dívida pública. Aos deputados, Vieira da Silva criticou o “tom de alarmismo” usado pelo PSD sobre o assunto e garantiu que o impacto é no saldo “contabilístico, mas não tem impacto real no Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social”.

A questão foi levada a debate pelo deputado do PSD, Manuel Rodrigues, que questionou o ministro sobre as perdas do fundo de pensões “nas últimas dez semanas”. O social-democrata disse que “a perda estimada para os pensionistas poderá ser de muitas centenas de milhões de euros”, disse.

Ora perante esta questão, Vieira da Silva começou por combater politicamente, lembrando que se o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social está dependente de dívida pública foi porque “houve alguém que assinou uma peça legislativa a permitir que o Fundo pudesse ter até 90% da dívida publica. [Esse alguém] chamava-se Vítor Gaspar”. “O tom de alarmismo não só não é justificável como é criticável. Dizer que o FESS está a perder valor a uma dimensão numa vista não só não corresponde à verdade nem teórica nem prática”, acusou.

Sobre o impacto do aumento dos juros da dívida pública, sobretudo os prazos a cinco anos, Vieira da Silva desdramatizou dizendo que o Fundo já perdeu valor noutras alturas, como aquando da crise da dívida pública e “recuperou como “vai recuperar esta – é uma variação que o fundo vai recuperar”. Contudo, acrescentou, esta “é uma alteração do mercado secundário que pode ter impacto no saldo contabilístico. Não tem um impacto real no Fundo”, garantiu.

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