O Ministério da Saúde garante que as 35 horas serão aplicadas também na saúde, sendo que isso implicará uma organização dos serviços. A medida está contudo ainda a ser estudada, pelo que ainda não se sabe quando nem como ocorrerá este regresso às 35 horas semanais de trabalho nos hospitais.

“A saúde não será exceção nas 35 horas. O ministério vai seguir as indicações do primeiro-ministro”, afirmou esta sexta-feira ao Observador fonte oficial do Ministério da Saúde, quando questionada sobre a notícia do Diário Económico que dava conta do “risco” das 35 horas não avançarem na saúde.

A grande dor de cabeça, na saúde, é que esta medida implicará um aumento de custos, como o próprio ministro da Saúde já admitiu no Parlamento. Em causa estão os enfermeiros, assistentes técnicos e operacionais, mas sobretudo os enfermeiros pois com o regresso às 35 horas das duas uma: ou se volta a pagar mais horas extraordinárias, ou se terá de contratar mais profissionais.

E o problema é que o ministro das Finanças continua a dizer, como está escrito no programa de Governo, que o regresso às 35 horas de trabalho não poderá implicar um aumento de custos.

Já o ministro do Trabalho e Segurança Social, Vieira da Silva, afirmou, na passada quarta-feira, que o Governo vai aplicar a medida a todos, mas não deu garantia que toda a Função Pública passe às 35 horas já a 1 de julho, dependendo isso da negociação que haverá setor a setor, sendo que é na saúde que os problemas são maiores, nomeadamente no que diz respeito aos enfermeiros. Também o ministro Adalberto Campos Fernandes já tinha dito

Já os médicos têm um regime de trabalho próprio e, em 2012, assinaram um acordo que prevê as 40 horas de trabalho semanais com uma tabela salarial correspondente. Foram, de resto, os únicos funcionários públicos que passaram a ganhar mais por trabalharem mais horas. Em relação a estes, o ministro e os sindicatos já disseram que não está em cima da mesa a possibilidade de alterar o acordo.

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