O presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, admite a necessidade de, durante a noite, ser necessário abrir os diques fusíveis da bacia do Mondego, para conter a subida das águas do rio.

As previsões apontam para que, durante a noite, volte a chover com intensidade e “não excluímos a possibilidade de ter de abrir os diques fusíveis”, para travar a subida do nível das águas no leito do rio, disse à agência Lusa o autarca.

Por isso também a Câmara já alertou as populações ribeirinhas, a jusante de Coimbra, para que “adotem medidas tendentes a minimizar estragos e se coloquem em posições seguras, desde logo a si próprias, bem como animais e bens que possam sofrer danos”.

Mas mesmo sem a abertura dos diques fusíveis, aliviando o leito do rio pelo espraiamento da água, há possibilidade de inundações, se a chuva voltar a cair durante a noite com a mesma intensidade com que se fez sentir durante o dia, sublinhou Manuel Machado.

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O recurso aos diques de segurança será adotado, no entanto, de modo a minimizar tanto quanto possível os seus efeitos, no Baixo Mondego, considerando, designadamente, “tanto quanto possível, as marés, salientou o presidente da Câmara de Coimbra e responsável pela Proteção Civil municipal.

“A situação está difícil”, mas todas as entidades envolvidas estão a atuar de forma coordenada, assegurou Manuel Machado, referindo que “já foi pedido o reforço de meios público e privados” para “socorrer, na medida possível, a todas as situações”.

Ao longo do dia de sábado mau tempo fez-se sentir em toda a região Centro, especialmente na zona da bacia do Mondego, sendo Coimbra uma das áreas mais afetadas, com o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha a ser de novo inundado pelas águas do Mondego, que submergiram também as esplanadas do Parque Verde e ameaçaram a localidade de Cabouco, nas margens do rio Ceira.