O ministro português dos Negócios Estrangeiros (MNE), Augusto Santos Silva, insistiu, em Bruxelas, na necessidade de respeito pelos direitos humanos no conflito sírio e na reconstrução do país.

Em conferência de imprensa, após uma reunião de MNE da União Europeia, o ministro comentou a preocupação mostrada no encontro quanto aos “desenvolvimentos posteriores ao acordo de cessação de hostilidades” na Síria e que, pela parte portuguesa, houve uma tónica nos direitos humanos.

Portugal “insistiu nesse compromisso (de cessar-fogo) de todas as partes, com o acordo que foi possível assinar, mas também chamou a atenção para a necessidade do respeito pelos direitos humanos” por todos os intervenientes, disse o chefe da diplomacia.

“A segunda insistência [de Portugal] foi a necessidade de preparar com tempo a reconstrução da Síria”, informou Santos Silva, referindo que o acolhimento e a integração de refugiados “deve ser também um momento de preparação das estruturas sociais de capital humano e elites técnicas que países, como a Síria, precisam que sejam mantidas”.

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O ministro recordou o mecanismo que Portugal tem desenvolvido para possibilitar que estudantes sírios refugiados frequentem o ensino português.

Na semana passada, além da “cessação das hostilidades”, o acordo alcançado, em Munique (Alemanha), para a Síria estabeleceu um acesso intensificado dos civis à ajuda humanitária, que será alargada a várias cidades, segundo o secretário de Estado norte-americano, John Kerry.

Na reunião de hoje, segundo o governante, o conselho de MNE aprovou o levantamento de algumas das sanções que a União europeia tinha imposto à Bielorrússia “como um sinal positivo e de estímulo ao processo político” naquele país.

Houve ainda análises sobre a Moldávia e questões diplomáticas relacionadas com as conferências do clima, qer a que decorreu em Paris, como o evento que se irá realizar este ano em Marrocos.