Uma pequena alteração no regulamento das bolsas de ação social no ensino superior introduzida no começo deste ano letivo, ainda pelo ministério liderado por Nuno Crato, fez com que mais de 62 mil candidaturas (62.297 ) fossem aprovadas até agora. Ou seja, mais 12 mil do que no ano passado, segundo os dados da Direção-Geral de Ensino Superior (DGES) a que o Público teve acesso esta terça-feira.

Apesar de tudo, o aumento em relação ao ano passado deverá perder a sua dimensão até ao fim do ano letivo. Isto porque, explica o Público, as universidades e politécnicos estão a analisar as candidaturas mais rapidamente o que faz com que todo o trabalho esteja a ser concluído em menos tempo do que o habitual. Por outro lado, o processo de aprovação de candidaturas esteve parado em dezembro de 2014 devido a problemas com a plataforma da DGES.

Na prática, o que foi alterado e permitiu este crescimento, foi o limite a partir do qual a candidatura dos alunos é aprovada. Ou seja, o limite passou de 14 vezes do Indexante dos Apoios Sociais (IAS) para 16 vezes. Isto significa que as famílias com rendimentos entre os 489 e os 558 euros per capita por mês passaram a ter direito a estas bolsas.

A estimativa continua a ser que o número total de bolseiros em 2016 face a 2015 fique acima das expectativas de Governo e associações académicas. O número final de estudantes com bolsa poderá rondar os 72 mil o que se traduziria num aumento de mais de 8000 bolseiros face ao ano letivo passado.

Se o número de beneficiários dos apoios sociais aumenta, já o montante que cada um recebe diminui. Segundo o Público, os alunos com bolsa recebem este ano, em média, menos 15 euros do que no ano passado, com 195 euros mensais.

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