Desde os anos ’30, mas acima de tudo entre os anos cinquenta e setenta, podia ver-se em algumas tabacarias ou mercearias uma série de pequenas revistas de papel penduradas num cordel com cores vibrantes. As capas eram sugestivas e atrevidas para a época: falavam de homossexualidade, prostituição, sexo explícito. As “gay pulp” eram histórias ficcionadas cujo teor se foi tornando mais explícito com o passar do tempo: uma das mais importantes pertencia a George Sylvester Viereck, que nos anos ’50 publicou um livro de memórias chamado “Men into Beasts” que conta as relações homossexuais e as violações que sofreu quando foi preso, durante a II Guerra Mundial.

Mas há algo de comum nas capas destes livros: os títulos são sugestivos e transparecem o mundo dos homossexuais da época (por exemplo, “O Armário” ou “Pânico homossexual”); e todas mostram poses insinuantes ou circunstâncias sensuais. Embora as “gay pulp” mais famosas fossem as protagonizadas por casais de mulheres – as mais vendidas porque eram apreciadas por homens heterossexuais -, também existiam histórias masculinas. São essas as que o Observador lhe mostra na fotogaleria.

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