Mais três linces ibéricos foram libertados no Alentejo, subindo para 16 o número de exemplares da espécie que vivem livres na natureza em Portugal, segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

Num comunicado enviado à agência Lusa, o ICNF explica que os três linces hoje libertados, no Parque Natural do Vale do Guadiana, no concelho de Mértola, no distrito de Beja, são as fêmeas Mesquita e Malva e o macho Mel, cujos nomes foram escolhidos pela população e homenageiam o património local.

Os três animais nasceram na primavera de 2015 e têm nomes iniciados pela letra “M” por uma razão de identificação e um emissor que permite segui-los e monitorizar os seus movimentos no terreno, explica o ICNF.

Com a libertação hoje de Mesquita, Malva e Mel subiu para 16 o número de linces ibéricos a viverem livres na natureza no concelho de Mértola desde dezembro de 2014, quando começou a libertação de exemplares da espécie em território português, no âmbito do projeto de Recuperação da Distribuição Histórica do Lince-Ibérico em Espanha e Portugal “LIFE+Iberlince”.

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No âmbito da 2.ª época de reintrodução da espécie em Portugal, que prevê a libertação de um total de nove linces-ibéricos este ano no concelho de Mértola, já foram libertados sete animais, ou seja, Mesquita, Malva e Mel, hoje, as fêmeas Myrtilis e Mirandilla e o macho Monfragüe, no dia 25 de janeiro, e a fêmea Macela, no dia 08 de fevereiro.

No âmbito da 1.ª época de reintrodução da espécie em Portugal, que arrancou em dezembro de 2014 e decorreu até maio de 2015, foram libertados, no concelho de Mértola, 10 linces-ibéricos, mas só 09 estão vivos, já que, em março do ano passado, a fêmea “Kayakweru”, que tinha sido libertada no mês anterior, foi encontrada morta por envenenamento.

Segundo o ICNF, o projeto de Recuperação da Distribuição Histórica do Lince-Ibérico em Espanha e Portugal “LIFE+Iberlince” reuniu esforços de parceiros institucionais e da sociedade civil para “conseguir o retorno da espécie a várias áreas da Península Ibérica” e também “novas oportunidades de revitalização destes territórios”.

Atualmente, o lince é “uma espécie emblema e chave dos ecossistemas” e a sua conservação “beneficia muitas outras espécies selvagens e potencia atividades humanas, que conciliam o uso e a preservação de habitats naturais”, refere o ICNF, frisando que “a reintrodução é um programa de longo prazo, que requer um reforço regular de animais e apoio da sociedade”.