Foi descoberto no Egito aquele que é o vestido mais antigo alguma vez encontrado. A peça, que estava no interior de um túmulo, terá 5 mil anos e “assinala a complexidade e riqueza da sociedade ancestral que a produziu”, escreve a National Geographic. O vestido “Tarkhan”, como foi chamado pelos cientistas, representa uma raridade, porque são poucas as peças de roupa feitas de fibras vegetais ou animais que sobrevivem ao passar do tempo sem se desintegrarem por completo.

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O vestido mais antigo alguma vez encontrado. Créditos: PETRIE MUSEUM OF EGYPTIAN ARCHAEOLOGY, UNIVERSITY COLLEGE LONDON

A maior parte das peças de roupa de origem ancestral, a que os cientistas têm acesso, datam de há 2 mil anos. As mais antigas encontradas por eles envolviam os corpos no interior dos túmulos. Este vestido, no entanto, é diferente: tem mangas justas, um decote em V e pormenores plissados, o que representa a “alta costura” daquela época.

O vestido já tinha sido descoberto em 1900 e enviado para cientistas para que estudassem a sua origem e idade, mas a peça foi esquecida durante 77 anos: em 1977, um grupo de especialistas em conservação encontrou-o e decidiu explorá-lo. E descobriu que apenas as camadas mais altas da sociedade egípcia podiam investir num vestido deste género. A idade do vestido “Tarkhan” foi conseguida através de datação por rádio-carbono, uma técnica que utiliza o radioisótopo carbono-14 para descobrir a idade precisa de materiais muito antigos.

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