Portugal começou um ano com um saldo positivo de 872 milhões de euros, uma melhoria de 300 milhões de euros nas contas do primeiro mês do ano quando comparado com o mesmo mês do ano passado, já contando com o aumento das despesas com pessoal provocada pela primeira parte da eliminação dos cortes nos salários da Função Pública.

Segundo o Ministério das Finanças, o saldo melhorou em parte devido a uma melhoria nas contas, que já eram positivas, da Segurança Social e da Administração Local, que fecham o primeiro mês com um excedente orçamental de 72,3 milhões de euros e 46,4 milhões de euros, respetivamente.

O grande contributo para a redução do défice foi dado pela Administração Central, com um défice abaixo do que registava no ano passado em torno dos 186,8 milhões de euros.

A melhoria no saldo é explicada em termos globais com um aumento da receita total na ordem dos 5,3%, no qual se inclui um crescimento das receitas com impostos em 2,6% e das receitas com contribuições para a Segurança Social em 5,2%.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Já a despesa aumentou, fruto do aumento dos gastos do Estado com salários, com a eliminação de um quarto do corte salarial da Função Pública, que será aplicado a cada trimestre até desaparecer no último trimestre do ano. Este aumento, diz a Direção-Geral do Orçamento, foi “praticamente compensado” pela descida na despesa com subsídios à formação profissional, subsídios de desemprego e em investimento.

No comunicado enviado às redações, prévio à divulgação da execução orçamental, o Ministério das Finanças anunciava os primeiros resultados do ano dizendo que oferecem “uma perspetiva favorável quanto à execução do Orçamento do Estado para 2016”, que ainda está a ser discutido e cuja aprovação só deverá acontecer em meados de março.

(Artigo corrigido às 18:41)