Desde que está em funções, o Governo PS já cancelou 12 concursos para dirigentes de topo da administração pública que estavam pendentes desde as eleições. Entretanto, aceitou nove das vagas que tinham sido lançadas pelo anterior Governo, noticia esta quarta-feira o Diário Económico (pode ler aqui ou a versão em papel).

De acordo com o jornal, a decisão de cancelamento foi feita com base no argumento de alteração de perfil dos candidatos e dizia respeito, na sua maioria, a cargos de topo em várias áreas do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, do ministro Vieira da Silva.

Alguns destes concursos já tinham sido concluídos pela Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP), mas estavam dependentes de decisão do Governo, uma vez que durante o período eleitoral não houve quaisquer nomeações. A decisão de anulação dos concursos já vinha do fim de janeiro, mas apenas agora os despachos de anulação dos concursos estão a ser publicados em Diário da República.

A CReSAP foi criada pelo anterior Governo como comissão independente para que a escolha dos cargos dirigentes da Função Pública fosse mediada por concursos mais transparentes. Os socialistas chegaram a pedir uma avaliação das nomeações feitas através da CReSAP, liderada por João Bilhim, mas entretanto, mantêm a estrutura em funcionamento, pelo menos para já.

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