Pedro Passos Coelho disse esta quinta-feira nos Açores, que a ameaça da nacionalização do Novo Banco não ajuda à perspetiva de venda do Banco, refere o Diário Económico.

Para o líder do PSD, o Executivo deve esclarecer que não tenciona fazer a nacionalização do Novo Banco. “Julgo que era importante que o Governo esclarecesse rapidamente que não tenciona deixar nenhuma porta aberta para a nacionalização do banco”, respondeu Passos Coelho aos jornalistas em resposta às questões sobre o despedimento de trabalhadores do Novo Banco.

O plano de reestruturação do Novo Banco implica a redução, já em 2016, de cerca de mil postos de trabalho, 500 dos quais através de despedimento coletivo.

Nesta altura, segundo Passos, quem deve comunicar com os investidores é a administração do próprio banco, o fundo de resolução e o Banco de Portugal, a quem compete saber “o que é que deve fazer e dizer para, de alguma maneira, melhorar a perspetiva de venda do banco”, considerou o ex-primeiro-ministro.

“Agora, há uma coisa que eu sei, não é a ameaçar com nacionalizações que se melhora essa perspetiva, pelo contrário”, disse Passos Coelho, que sustentou que “deve ser encontrada uma estratégia que possa transmitir confiança ao mercado quanto ao trabalho que está a ser realizado dentro da instituição bancária, de modo a que os investidores acreditem que vale a pena vir a comprar”.

Se fosse primeiro-ministro, “mas não sou”, disse o social-democrata, “clarificava que o Estado não iria nacionalizar o banco” e “não complicaria o processo da venda”.

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