A ministra das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos brasileira, Nilma Lino Gomes, disse à Lusa, em Genebra, que o seu país está disposto em acolher pessoas afetadas por crises humanitárias.

“Temos como orientação ser abertos para receber aqueles que precisam de refúgio devido a situações de vulnerabilidade neste contexto internacional”, salientou a ministra, que participava na 31ª sessão do Conselho de Direitos Humanos (CDH).

O Brasil tem adotado uma política de concessão de vistos, com base humanitária, a pessoas afetadas pelo conflito sírio e estabeleceu recentemente uma parceria com Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados (ACNUR) para facilitar o processo de obtenção de vistos.

A ministra recordou que o Brasil acolheu, nos últimos anos, sírios, palestinianos, haitianos e colombianos e contabilizou atualmente no seu território mais 81 nacionalidades.

Segundo declarações da embaixadora Regina Maria Cordeiro Dunlop, em Genebra, “cerca de 10.000 vistos com base humanitária foram concedidos a pessoas afetadas pelo conflito sírio.”

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Por outro lado, a embaixadora acrescentou que o Brasil tem dobrado a sua capacidade interna para acolher refugiados de países em conflito e de outros, dando o exemplo de 65.000 haitianos.

Na sua intervenção no CDH, a ministra brasileira também salientou os progressos realizados na luta contra o racismo e em matéria dos direitos das mulheres, das crianças, de pessoas com deficiências, dos idosos e das pessoas LGBTI (Lésbicas, Gay, Bissexuais, Transexuais e Intersexuais).

Fundado em 2006, o CDH é composto por 47 Estados-membros, eleitos por três anos pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

O Brasil é candidato para ser membro do Conselho dos Direitos Humanos em 2017.