Os ventos dos mercados cambiais devem ser favoráveis para as exportadoras portuguesas, antecipa a Ebury. As moedas locais de sete dos 10 principais destinos das exportações portuguesas (fora da zona euro) devem valorizar-se face ao euro nos próximos anos – o que tornará as empresas nacionais mais competitivas e dará um impulso aos seus resultados após convertidas as receitas para euros.

A confirmarem-se as expectativas da Ebury, serão boas notícias para as exportadoras portuguesas. A Ebury, uma empresa de Fintech especializada em pagamentos internacionais e gestão de câmbios –e especialmente vocacionada para as empresas de média dimensão – antecipa que países como os EUA, Reino Unido, China, Brasil, Polónia, Marrocos e Suécia devem registar valorizações nas respetivas moedas em 2016 e 2017.

Com a valorização esperada nestas moedas, em relação a um euro que deverá perder terreno, as exportações nacionais tornam-se mais competitivas. Para os clientes nesses países, diz a Ebury em comunicado de imprensa, cria-se uma “oportunidade de negócio para comprar bens ou serviços portugueses”.

Estes sete países estão entre os 10 principais destinos da exportação portuguesa, uma rubrica que deu um impulso ao crescimento económico no quarto trimestre. Entre os outros três países está Angola, onde, pelo contrário, se prevê uma desvalorização do kwanza em relação ao euro. A Ebury prevê que “o euro se vai apreciar em relação ao kwanza angolano até 178 no final de 2016 e até 182 em 2017, o que representa uma ligeira perda de competitividade da empresa portuguesa para vender em Angola”.

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Isto, claro, se vender em Angola em kwanzas, porque em dólares a tendência será mais favorável. A perspetiva de subida das taxas de juro nos EUA e, por outro lado, a tendência crescente para o lançamento de estímulos monetários na zona euro são dois fatores que deverão fazer o euro desvalorizar-se face ao dólar norte-americano.

“Quanto às moedas oficiais da Argélia e Suíça, deverão permanecer inalteradas até 2017″, acrescenta a Ebury, uma empresa fundada em Londres em 2009 e que opera em Portugal desde 2015. Eis as previsões da Ebury, com maior detalhe:

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