O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou hoje que a análise do Conselho de Finanças Públicas (CFP) vem “na linha das perspetivas de Bruxelas”, referindo que existem “pressões” para que esta solução política falhe.

O Conselho de Finanças Públicas (CFP) considerou hoje que a redução do défice este ano assenta na melhoria económica, com “riscos significativos” de tal não se concretizar, afirmando que a consolidação estrutural é insuficiente para alcançar os objetivos.

Na análise da proposta de Orçamento do Estado para 2016 (OE2016), a entidade liderada por Teodora Cardoso afirma que, no que diz respeito às previsões orçamentais, “os riscos advêm, em primeiro lugar, do próprio cenário macroeconómico, particularmente relevante para fundamentar as previsões de receitas fiscais”.

“É um pouco na linha das perspetivas de Bruxelas. Estamos conscientes dos constrangimentos e limitações do OE2016, tendo em conta o espartilho que nos é imposto pelas instituições de Bruxelas, que não suportam a ideia que os portugueses têm direito a uma vida melhor”, disse, durante uma visita a uma exposição no Barreiro.

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Jerónimo de Sousa considerou que existem “pressões” para que a atual solução política no governo falhe.

“São tudo pressões e orientações que visam fazer fracassar esta solução política e estes sinais em que o povo percebe que é possível uma nova política”, salientou.

Em relação à possibilidade de existirem novas medidas de austeridade em breve, o secretário-geral do PCP lembrou o compromisso que existe com o PS.

“No relacionamento da proposta conjunta entre PCP e PS, o que nos é dito é que os conteúdos dessa posição serão cabalmente cumpridos, apesar de alguns distanciados no tempo. O nosso grau de convergência define o nível do compromisso que assumimos com o PS”, concluiu.