O Tribunal de Última Instância (TUI) de Macau rejeitou esta terça-feira o pedido de ‘habeas corpus’ do ex-procurador do Ministério Público da região, que foi detido na sexta-feira passada por suspeitas de corrupção.

Ho Chio Meng, que foi o chefe máximo do Ministério Público de Macau entre 1999 e dezembro de 2014, foi detido na sexta-feira e ficou em prisão preventiva sábado, tendo o seu advogado apresentado um pedido de ‘habeas corpus’ (pedido de libertação imediata devido a ilegalidade na detenção) que o TUI indeferiu hoje.

O ex-procurador é suspeito de corrupção num caso que envolve três chefias do Ministério Público (o ex-procurador, o ex-chefe do gabinete do procurador e um assessor) e “vários empresários locais”, incluindo dois familiares de Ho Chio Meng, segundo o Comissariado Contra a Corrupção (CCAC).

Em causa está a adjudicação, sempre às mesmas empresas, de quase 2.000 obras nas instalações do próprio Ministério Público (MP), entre 2004 e 2014, explicou o CCAC.

As empresas envolvidas viram adjudicadas a seu favor diversas obras e serviços contratados pelo MP, num valor superior a 167 milhões de patacas (19 milhões de euros). Deste montante, os suspeitos envolvidos terão beneficiado de pelo menos 44 milhões de patacas (cerca de cinco milhões de euros), segundo o CCAC.

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