A relação entre Cavaco Silva e António Costa não começou da melhor maneira possível. O Presidente da República fez questão de mostrar no discurso da tomada de posse que tinha aceite o Governo minoritário do PS contrariado, mas acabou por reconhecer no final o gesto institucionalista de António Costa ao convidá-lo para presidente ao último Conselho de Ministros antes de abandonar Belém. O tema da reunião dos ministros foi o mar e por isso, o primeiro-ministro ofereceu um presente a condizer para a despedida do chefe de Estado: uma caravela em filigrana.

A caravela acabar por simbolizar a homenagem que o Executivo quis fazer a Cavaco Silva e ao tema que este sempre defendeu nos dois mandatos no Palácio de Belém, mas não foi oferecida publicamente.

O mar tem sido um tema caro a Cavaco Silva que durante os dois mandatos falou várias vezes da importância estratégica do mar português. E António Costa fez-lhe um pouco a vontade ao criar um Ministério do Mar. E mais. Ao marcar o último Conselho de Ministros. O mesmo foi reconhecido por António Costa que, depois de na quinta-feira ter tido mais uma reunião com o Presidente eleito, Marcelo Rebelo de Sousa, usou o Conselho de Ministros de hoje como um exemplo de quando são necessários consensos entre uma prioridade nacional, eles alcançam-se. “É uma boa tradução da normalidade institucional e do bom espírito de cooperação dos órgãos de soberania, disse o primeiro-ministro que lembrou que o “Presidente da República fez sucessivas intervenções dizendo que o mar é um desígnio nacional”.

Além de que a caravela transporta a homenagem para a diáspora que também tem sido um dos temas preferidos do inquilino de Belém.

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