Francisco Pedro Pinto Balsemão assume, a partir deste domingo, a presidência executiva da Impresa, substituindo Pedro Norton do cargo, dois dias depois de o grupo ter divulgado os resultados anuais de 2015.

A Impresa anunciou na sexta-feira que o resultado líquido caiu 63,4% no ano passado, face a 2014, para quatro milhões de euros. Excluindo os custos com reestruturação, o lucro é de 6,8 milhões de euros.

Nas suas perspetivas para este ano, a Impresa avança que “vai continuar a manter um apertado controlo dos custos operacionais” este ano e que “tem como expectativa atingir os seguintes objetivos em 2016: melhoria dos indicadores operacionais e dos resultados líquidos e continuação da redução do passivo remunerado”. No ano passado, as receitas de publicidade do grupo diminuíram 2,2% para 119 milhões de euros.

“Nestes meses de transição, o Francisco Pedro deu já provas de saber o que quer e para onde quer conduzir o nosso projeto. Definiu estratégias e irá, a seu tempo, apresentá-las; criou os instrumentos e a organização necessários para poder prosseguir essas estratégias e torná-las vencedoras”, afirmou na sexta-feira Francisco Pinto Balsemão, pai do novo presidente executivo e ‘chairman’ da dona da SIC.

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No discurso escrito, a que a Lusa teve acesso na altura, Francisco Pinto Balsemão afirmou: “Orgulho-me também, e muito, da escolha da pessoa que vai suceder a Pedro Norton”.

Francisco Pedro “tem uma experiência profissional fora desta casa mais do que suficiente para ninguém poder dizer que caiu aqui de paraquedas”, afirmou Pinto Balsemão, na sexta-feira.

O gestor assume o cargo depois do grupo Impresa ter realizado uma reorganização interna.

Francisco Pedro Presas Pinto Balsemão é licenciado em Direito pela Universidade Nova de Lisboa, tem um mestrado em Direito pela Universidade de Oxford (Inglaterra) e fez ainda um curso geral de gestão na Nova School of Business and Economics, e programas avançados de gestão na Kellogg School of Management (Chicago) e na IMD Business School (Lausanne).

Iniciou a sua carreira em 2003 como advogado na Linklaters, em Lisboa, tendo ainda sido consultor de recursos humanos na empresa Heidrick & Struggles, antes de integrar a Impresa, em 2009, como diretor de recursos humanos.

Anteriormente, em 2007, esteve uma temporada na Missão de Portugal junto das Nações Unidas, em Nova Iorque, na Comissão dos Direitos Humanos.