Atletas sem um país para levar às costas. Guerreiros sem um hino para ouvir. Não terão isso, mas haverá uma missão, uma causa, uma voz, em nome de todos os refugiados espalhados pelo mundo. Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no próximo verão, terão uma equipa composta por refugiados, conta a Vox.

O Comité Olímpico Internacional (COI) anunciou quarta-feira que encontrou 43 atletas que estarão aptos a competir nos Jogos, embora acredite que apenas dez deles cheguem ao Brasil. Há três atletas, no entanto, que terão até chances de vencer o ouro olímpico: um nadador sírio que vive na Alemanha, um iraniano que pratica taekwondo na Bélgica e um judoca congolês que compete no Brasil, conta o mesmo artigo da Vox. A equipa irá erguer e representar a bandeira do COI, os famosos anéis.

A tradicional viagem da tocha olímpica terá este ano uma particularidade, sendo que viajará desde Olímpia, na Grécia, até ao Rio de Janeiro. É um dois em um, explica a publicação norte-americana, pois assim homenageia o papel da Grécia nesta crise dos refugiados e também lembra a origem dos Jogos Olímpicos. O COI, diz a Vox, já doou quase dois milhões de euros para ajudar os refugiados envolvidos em projetos de desporto.

Segundo um relatório recente da ONU, em 2015 foram ultrapassados os 20 milhões de refugiados pela primeira vez desde 1992. Os pedidos de asilo aumentaram 78% de 2014 para 2015, o que significa que quase um milhão de pessoas pediu acesso ao estatuto de refugiado. Relativamente a deslocados no próprio país, os números são igualmente alarmantes: 34 milhões.

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