Cerca de 300 mil altos quadros do Governo chinês de diferentes níveis foram punidos por corrupção no ano passado, revelou o órgão máximo de inspeção e disciplina do Partido Comunista da China (PCC). Sem avançar mais detalhes, a Comissão Nacional de Inspeção e Disciplina revelou que em 82 mil dos casos foram aplicadas punições de caráter “grave”, incluindo despromoções.

O Governo continuará a punir a corrupção “sem descanso”, disse no sábado o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, no relatório apresentado à Assembleia Nacional Popular chinesa.

Desde que subiu ao poder, o Presidente chinês, Xi Jinping, prometeu “combater tanto as moscas como os tigres”, numa alusão aos altos quadros do PCC que durante muito tempo pareciam agir com total impunidade.

Trata-se da mais drástica e persistente campanha anticorrupção das últimas décadas na China, com resultados em praticamente todos os setores do Estado, incluindo o exército, até há pouco tempo considerado intocável.

O último “tigre” a ser atingido foi o diretor do Gabinete Nacional de Estatísticas, Wang Baoan, cuja investigação foi revelada uma semana após ter anunciado os dados do crescimento económico da China em 2015, no final de janeiro.

No ano passado, a justiça chinesa condenou à prisão perpétua o ex-chefe da Segurança Zhou Yongkang, o mais alto líder chinês a ser condenado por corrupção na história da China comunista.

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