O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, disse antes de entrar para a reunião do Eurogrupo que “Portugal deve dar ouvidos aos avisos da União Europeia no que diz respeito a políticas públicas“. Já Pierre Moscovici, comissário dos Assuntos Europeus, disse que ainda há “trabalho a fazer” na Grécia, mas que o principal objetivo desta reunião do Eurogrupo que decorre esta tarde em Bruxelas é que os chefes de missão da troika regressem “o mais rápido possível” a Atenas e concluam a avaliação do programa de ajustamento.

À entrada da reunião, também Jeroen Dijsselbloem, ministro das Finanças holandês e presidente do Eurogrupo, disse que a Grécia precisa continuar com as suas reformas no sistema de pensões e que todas as instituições, ou seja, FMI, Comissão Europeia e Banco Central Europeu têm as mesmas preocupações. “Como é que se vão conseguir essas reformas? Talvez consigamos saber esta tarde”, disse Dijsselbloem, apontando o foco a Euclid Tsakalotos, ministro das Finanças grego.

Quanto ao fim do programa no Chipre, outra questão discutida nesta reunião, Moscovici afirmou que o programa no país, que há três anos levou ao controlo de capitais naquele Estado-membro, “mostrou ser um sucesso”. “Chipre voltou a crescer. Este programa foi um sucesso e vai acabar”, indicou o comissário francês antes do início da reunião.

Ainda sobre a Grécia, Alex Stubb, ministro das Finanças da Finlândia, disse que o país tem de “evitar nova crise”. “É possível resolver problemas entre a Grécia e os credores”, afirmou o ministro.

Esta reunião acontece depois das negociações entre o Governo grego sobre as reformas a levar a cabo no país terem falhado na semana passada. O FMI terá uma visão mais pessimista para a recuperação do país e esse ponto de vista tem causado divergências com Bruxelas e Atenas.

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