“Um dia surgiu, brilhante / Entre as nuvens, flutuante / Um enorme zepelim”

Será um Pássaro? Um Avião? Não. Nem o Super-Homem, tão pouco. É o Airlander 10. E como cantou Chico Buarque em “Geni e o Zepelim”, é brilhante, flutuante, enorme. Sobretudo enorme.

Maior, muito maior que os velhinhos zepelim, da engenharia alemã, que faziam a travessia do Atlântico na década de 1930. Este Airlander 10 é a maior aeronave do mundo: tem 34 metros de largura, 26 de altura e 92 de comprimento. A sua velocidade máxima é de 166 quilómetros/hora e tem autonomia de combustível para permanecer até 25 dias consecutivos no ar.

Capaz de transportar até nove toneladas de peso, este zepelim começou por ser desenhado pela Hybrid Air Vehicles para o exército norte-americano, tendo por missão fazer vigilância e reconhecimento — mas com a dimensão que tem, seria mais reconhecido do que reconheceria o que quer que seja, sobretudo em território inimigo. E o exército deixou cair o projeto.

Quem lhe voltou a deitar a mão foi o governo britânico, que doou 4,4 milhões de euros para o projeto do Airlander 10 seguir por diante — e não com fins militares, mas para transporte de mercadorias, de forma mais rápida e económica.

Agora, a BBC anuncia que a primeira unidade está prestes a descolar de Cardington, no Reino Unido. Por sua vez, a construtora Hybrid Air Vehicles prevê massificar a sua construção, numa média anual de 600 a mil aeronaves, o que criaria 1.800 postos na região de Bedfordshire, onde é construída.

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