As receitas totais do serviço telefónico fixo aumentaram 16,7% em 2015 face ao período homólogo, para 1,838 mil milhões de euros, divulgou a ANACOM.

Em comunicado, a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) diz que as receitas totais do serviço, que incluem as receitas individualizadas e as receitas de pacotes em que o serviço fixo está incluído (8 em cada 10 clientes do serviço fixo subscrevem pacotes de serviços), aumentaram 16,7% face a 2014, para 1,838 mil milhões de euros.

Além disso, divulga que no final do ano passado existiam 3,86 milhões de clientes de telefone fixo em acesso direto, mais 2,9% que no ano anterior.

A MEO estava na liderança, com 46,3% desses clientes, contra 49,8% em 2014, seguindo-se a NOS com 36,6% dos clientes, contra 34,9% no ano anterior, tendo no entanto sido a Vodafone o operador que mais clientes conquistou em termos líquidos, subindo a sua quota para 12,3%, valor que traduz uma subida de 2,7 pontos em termos homólogos.

O regulador destaca que a penetração do serviço fixo de telefone atingiu “o valor mais elevado de sempre” em Portugal, alcançando 45,1 acessos principais por 100 habitantes, mais 0,9 pontos percentuais do que no ano anterior.

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“Trata-se da taxa de penetração mais elevada desde que a ANACOM compila esta informação e decorre da expansão dos pacotes de serviços que incluem o serviço fixo”, justifica.

Apesar disso, refere, o tráfego de voz em minutos caiu 15% em 2015, para 6.462 milhões de minutos, acima da redução média dos últimos cinco anos.

Para a quebra registada contribuiu sobretudo a diminuição do tráfego fixo-fixo e a substituição do telefone fixo pelo telemóvel na sequência do crescimento dos pacotes 4P (internet, televisão, telemóvel e telefone) e 5P (internet, televisão, telemóvel, telefone e ‘tablet’) que incluem serviços móveis e chamadas gratuitas para todas as redes.

“A isto junta-se ainda o facto de estar a aumentar a penetração de novas formas de comunicação baseadas na Internet, através de operadores Over The Top (OTT). De facto, a percentagem de indivíduos que no início de 2015 efetuaram chamadas de voz ou vídeo pela internet em Portugal, através de OTT, foi de 37%, valor idêntico à média da União Europeia a 28, segundo o ‘Information and communication technologies in households and by individuals’, promovido pela Comissão Europeia”, lê-se no comunicado.

O crescimento da penetração do serviço resultou do aumento dos acessos suportados em redes de fibra ótica, de cabo e das tecnologias móveis de GSM/UMTS/LTE que já representam 41,8% do total de acessos, e que mais do que compensou a diminuição dos acessos analógicos e RDIS.

Em termos de quotas de mercado no tráfego de voz, a MEO quebrou pela primeira vez a barreira dos 50%, já que tinha 47,4% dos minutos de voz, contra 50,5% em 2014. A NOS tinha 33,2%, praticamente inalterada face ao ano anterior, e a Vodafone subiu a sua quota em 2,8 pontos, para 12,5%.