Sérgio Sousa Pinto, a antigo membro da direção do PS que saiu dos órgãos do partido por não concordar com a coligação parlamentar do PS com os partidos à sua esquerda, considera que o seu partido está agora “condenado a gerir as suas duras realidades”, enquanto PCP e Bloco de Esquerda colhem as vantagens deste tipo de acordo sem se comprometerem politicamente já que não fazem parte do Governo.

“O PCP tem adotado posições muito patrióticas ao lado do governo, designadamente neste Orçamento do Estado. O BE faz um sacrifício muito mais pequeno, porque é mais pragmático e desenvolto na sua atuação política. Não vai descansar enquanto não ocupar o lugar do PS no sistema partidário”, afirmou Sérgio Sousa Pinto em entrevista ao Jornal de Notícias. O deputado socialista considera ainda esta solução de Governo é “questionável”, já que o PS está no “vértice” do acordo.

Para Sousa Pinto, o “PS perdeu as eleições e foi desafiado pela extrema-esquerda, que já tinha derrubado governos do PS, a colaborar numa estratégia que arredasse do poder o partido que ganhou as eleições”. Atualmente, segundo Sérgio Sousa Pinto, o “PS parece um partido condenado a gerir as suas duras realidades enquanto os outros partidos das esquerdas vão arrancando admiráveis propostas políticas que permitem ao país avançar na senda progressista”, continuando a mostrar-se crítico da solução de governação encontrada por António Costa.

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