O Banco de Investimento Global (BIG) teve um lucro líquido de 74,5 milhões de euros, menos 9,7%, face aos 82,5 milhões de euros registados em 2014, divulgou esta segunda-feira a instituição financeira.

Em comunicado, o presidente do banco, Carlos Rodrigues, considerou que os resultados foram “novamente sólidos em 2015, ainda que ligeiramente abaixo dos resultados recorde” de 2014, acrescentando que foram “gerados inteiramente em Portugal”.

A instituição justifica a queda dos lucros no ano passado com o “decréscimo das receitas inerentes a atividades de tesouraria e investimento, por consequência das condições de elevada volatilidade registadas no terceiro e quarto trimestres de 2015”.

Ainda em 2015, o produto bancário do BIG caiu 12% para 148,7 milhões de euros, com a margem financeira a descer 6% para 23,7 milhões de euros, enquanto as comissões líquidas subiram 11% para 12,7 milhões de euros.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O BIG destaca ainda, na informação divulgada à imprensa, o aumento dos depósitos, que cresceram 10% em 2015 para 885,5 milhões de euros.

Quanto a despesas, o ano passado, os custos de funcionamento subiram 7% para 35,6 milhões num ano em que o banco aumentou o número de colaboradores e de agências e em que investiu na área de gestão de património.

Este ano, o BIG quer abrir ainda este mês a subsidiária em Moçambique, tendo já incorporado esses custos nas contas do ano passado.

Por fim, quanto a 2015, o banco fechou com um rácio de solidez ‘core tier 1’ de 33% e uma rendibilidade dos capitais próprios médios (ROE) de 27,7%, abaixo dos 35,2% de 2014.

O ‘core tier 1’ é um rácio que expressa o capital mais puro dos bancos, servindo por isso para medir a saúde financeira das instituições bancárias.

O BIG foi fundado em 1999 tem como principais acionistas António da Silva Rodrigues, do grupo Simoldes, com 12,39% do capital social, seguindo-se a gestora de participações Adger, com 10,96%, Carlos Rodrigues, o presidente e fundador do banco, com 9,94%, e a empresa World Wide Capital (WWC), do general angolano Hélder Vieira Dias “Kopelipa”, com 9,93%.