A informação consta do relatório do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola sobre o comportamento da inflação, ao qual a agência Lusa teve hoje acesso, destacando que na capital angolana a classe “bebidas alcoólicas e tabaco”, com uma subida de 6,03%, foi a que mais aumentou neste período. Destacam-se igualmente os aumentos dos preços nas classes “Saúde”, com 5,84%, “Educação”, com 5,57%, e “Alimentação e Bebidas não Alcoólicas”, com 3,78%.

No Orçamento Geral do Estado para 2016, o executivo angolano prevê uma taxa de inflação (a 12 meses, janeiro a dezembro) de 11%. O nível geral do Índice de Preços no Consumidor (IPC) de Luanda registou, segundo o INE, uma variação de 3,28%, entre janeiro e fevereiro de 2016.

Angola vive uma profunda crise financeira, económica e cambial, devido à quebra das receitas com a exportação de petróleo, o que fez disparar o custo de vários produtos alimentares, o que já está a levar algumas superfícies a racionalizar as vendas em Luanda. Luanda é considerada em estudos internacionais como a capital mais cara do mundo.

Já o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN) – ainda não há dados agregados para um ano no registo de todo o país – registou uma variação de 3,30% entre janeiro e fevereiro.

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No gráfico a seguir apresenta-se a variação dos preços durante o mês de fevereiro de 2016 por província. As províncias que registaram maior aumento foram: Luanda com 3,28%, Malanje com 3,25% e Cunene com 3,22%. As províncias com menor variação foram: Huambo com 2,92%, Moxico com 2,96% e Zaire com 2,98%.

Depois de Luanda, as subidas no último mês foram lideradas pelas províncias do Malanje (3,25%) e do Cunene (3,22%), enquanto na posição oposta figuraram as províncias do Huambo (2,92%), Moxico (2,96%) e Zaire (2,98%).

O Governo angolano estimava para 2015 uma inflação entre 7% e 9%, intervalo que foi ultrapassado, todos os meses, desde julho.