A Turquia está há muito a ferro e fogo, com vários atentados não só em Istambul. Os mais sangrentos aconteceram em Ancara e os ataques também não são da mesma frente: Estado Islâmico e elementos ligados a grupos de defesa do povo curdo são os mais frequentes atacantes conhecidos. Só desde junho já morreram quase 240 pessoas e mais de mil ficaram feridas.
19 de março de 2016, Istambul: 5 mortos, 36 feridos.
Um bombista suicida fez-se explodir na muito movimentada avenida Iskitlal, uma das mais movimentadas ruas do coração de Istambul e por onde passam muitos turistas. Não é claro qual seria o alvo do atacante. Um português foi atingido por estilhaços, mas está livre de perigo.
13 de março de 2016, Ancara: 37 mortos, 125 feridos.
Um carro com explosivos faz-se explodir mais uma vez na capital turca durante a hora de ponta. Segundo as autoridades turcas, o alvo seriam autocarros que transportavam civis. O Governo turco diz que o atacante era curdo, mas a autoria do atentado não foi reivindicada.
17 de janeiro de 2016, Ancara: 28 mortos, 60 feridos.
Um carro-bomba explode durante a hora de ponta do trânsito no coração da capital turca, perto do parlamento e do quartel-general do exército turco. A explosão deu-se quando passava uma caravana militar. O ataque terá sido levado a cabo pelos Falcões pela Liberdade do Curdistão (TAK).
14 de janeiro de 2016, Diyarbakir: seis mortos, entre eles um bebé, 39 feridos.
Uma bomba explodiu na entrada de um complexo policial no distrito de Çinar, com os atacantes a dispararem de seguida rockets contra a sede da polícia. A autoria do atentado não foi reivindicada, mas as autoridades turcas culpam o PKK.
12 de janeiro de 2016, Istambul: 10 mortos, 15 feridos.
Um bombista suicida faz-se explodir entre um grupo de turistas estrangeiros no bairro histórico de Sultanahmet, perto da famosa Mesquita Azul. O atacante foi identificado como sendo Nabil Fadli, um homem sírio, membro do Estado Islâmico.
21 de dezembro de 2015, aeroporto de Sabiha Gökçen: Um morto e um ferido.
Dois trabalhadores foram atingidos por uma explosão nas primeiras horas da manhã quando faziam limpezas no local numa altura em que o Exército turco aumentava os ataques contra o PKK. O atentado foi reivindicado pelos Falcões pela Liberdade do Curdistão (TAK).
1 de dezembro de 2015, Istambul: Cinco mortos.
Uma bomba explodiu numa passagem aérea perto de uma estação de metro no pico da hora de ponta. Ninguém reclamou a autoria do ataque.
10 de outubro de 2015, Ancara: 107 mortos, mais de 400 feridos.
O ataque mais sangrento da história moderna da Turquia. Duas bombas explodiram fora da estação de comboios da capital turca durante uma marcha pacífica organizada por várias confederações de trabalhadores contra a escalada de violência entre o Exército turco e o PKK. O ataque não foi reivindicado, mas um dos bombistas foi identificado como sendo Yunus Emre Alagöz, irmão do bombista suicida que levou a cabo o ataque em Suruç, e também suspeito de ser membro do Estado Islâmico.
20 de julho de 2015, Suruç: 34 mortos, mais de 100 feridos.
Seyh Abdurrahman, um homem sírio ligado ao Estado Islâmico faz-se explodir durante uma reunião de jovens ativistas que se juntaram na cidade de Suruç, perto da fronteira com a Síria, para discutir a reconstrução da cidade síria de Kobane, que tem estado sob controlo da organização terrorista.
5 de junho de 2015,: Quatro mortos, cerca de 400 feridos.
Duas bombas explodiram durante um comício de um partido pró-curdo numa altura em que o seu líder estava prestes a discursar. O atentado não foi reivindicado, nem foi apontado pelas autoridades quem estaria por detrás do ataque.