O magnata do imobiliário e aspirante republicano à presidência dos Estados Unidos Donald Trump disse, na segunda-feira, que consideraria abrir um dos seus hotéis em Cuba e assegurou que a ilha tem “um certo potencial” para os investidores.

Coincidindo com a histórica viagem do Presidente norte-americano, Barack Obama, à ilha, Trump, que lidera a corrida à nomeação do Partido Republicano à Casa Branca, foi entrevistado na CNN, onde colocou a hipótese de abrir um hotel em Cuba no futuro.

“Cuba tem um certo potencial”, indicou o magnata, apontando, no entanto, que a “taxa de juro de 49%” deveria ser ajustada e defendendo que seria necessário estabelecer, de forma clara, quais seriam as responsabilidades dos investidores, de modo a evitar pedidos do Governo cubano.

Trump foi o único candidato republicano, dos que ainda estão na corrida, que manifestou interesse em manter as relações diplomáticas com Cuba caso seja eleito Presidente, já que a tónica geral dos conservadores continua a ser de rejeição à aproximação à ilha enquanto não se registarem mudanças políticas substanciais.

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No último debate, os senadores de origem cubana Marco Rubio (que já abandonou a corrida) e Ted Cruz prometeram cortar relações com Cuba se chegassem ao poder, enquanto o governador de Ohio, John Kasich, se limitou a indicar que acabaria com a política dos Estados Unidos de “tratar melhor os seus inimigos que os amigos”.

Trump afirmou que não está “de acordo com o Presidente Obama” sobre a política em relação a Cuba, mas encontra-se “a meio caminho” entre a posição do mandatário e a rejeição absoluta dos seus rivais republicanos.

“Creio que tem de haver algo [que mude a relação com Cuba]. Depois de 50 anos, chegou a hora, amigos”, defendeu.

O magnata defendeu que faz falta “um acordo melhor” do que aquele que se alcançou no passado mês de julho para restabelecer as relações diplomáticas e avançou que provavelmente encerraria a embaixada norte-americana em Havana até que se chegue a um novo acordo com Cuba.

“Gostaria de alcançar um acordo forte e bom, porque neste momento todos os aspetos deste acordo favorecem Cuba”, argumentou.