A Guarda Nacional Republicana (GNR) reforçará a partir desta terça-feira a vigilância nas estradas, estações de comboios e fronteiras da responsabilidade da Guarda, na sequência dos atentados em Bruxelas. A Polícia de Segurança Pública (PSP) colocará também mais agentes no terreno, mas por causa da Operação Páscoa Segura. O nível de risco para Portugal ainda não se alterou.

“Este reforço de vigilância nas áreas de maior concentração de pessoas não consiste num aumento de efetivos, mas sim num patrulhamento mais efetivo, num aumento da fiscalização”, explicou ao Observador o major Bruno Marques, responsável pelas relações públicas da GNR, acrescentando que “a vigilância será direcionada de outra forma”. Por exemplo, no caso das operações STOP, “os militares da GNR não estarão apenas preocupados com as principais problemáticas da condução segura, como o álcool, os cintos de segurança, o uso de telemóvel, mas noutro tipo de vigilância, como o combate à criminalidade, com busca de armas, identificação dos condutores”, entre outras ações.

Já o intendente Hugo Palma, da PSP, afirmou que “não vai haver mais nenhuma medida adicional” de segurança “porque também temos a decorrer a Operação Páscoa, com reforço nos aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários”, sobretudo nas horas de ponta.”Eventualmente”, completa Hugo Palma, “haverá ajustamentos pontuais”.

Em relação à alegada reunião de emergência para avaliar quais as estratégias de segurança a adotar em Portugal depois dos atentados esta manhã em Bruxelas, noticiada esta manhã pelo Expresso, e que reuniria os responsáveis pelas forças de segurança, como a PJ, PSP e GNR, e pelos Serviços de Informações e Segurança (SIS) e Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), o porta-voz da PSP garantiu ao Observador que a reunião decorreu esta tarde e já estava “programada desde a semana passada”.

Segundo o primeiro-ministro, António Costa, os ministérios da Justiça e da Administração Interna estão atentos. Mas ainda não houve qualquer alteração ao nível de segurança em Portugal. “Não há alteração do nível de segurança”, disse o governante.

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