O Brasil confirmou 907 casos de microcefalia. O Ministério da Saúde está a investigar 4.293 casos suspeitos e 1.471 foram descartados. Do total de casos de microcefalia confirmados, 122 tiveram resultado positivo para o vírus zika. No entanto, o Ministério da Saúde ressalta que esse dado não representa adequadamente a totalidade do número de casos relacionados ao vírus.
Cientistas no Brasil afirmam que o aumento dos casos de microcefalia — em que o bebé nasce com a cabeça com um tamanho abaixo do normal e frequentemente com o cérebro não totalmente desenvolvido — está ligado a uma explosão do vírus zika, transmitido por mosquito, com a estimativa de 1,5 milhões de pessoas infetadas.
Os dados apurados permitem concluir que houve infeção pelo zika na maior parte das mães que tiveram bebés com diagnóstico final de microcefalia”, diz a nota divulgada pelo ministério da Saúde brasileiro. Até o dia 19 deste mês, foram registadas 198 mortes suspeitas de microcefalia ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto). Destes, 46 casos foram confirmados para microcefalia ou alteração do sistema nervoso central, 130 continuam em investigação e 22 foram descartados.
A Organização Mundial de Saúde está a estudar a possibilidade de ligação entre os casos de microcefalia e o vírus zika, cujo surto já foi considerado uma emergência de saúde internacional.
Habitualmente, o Brasil regista 150 casos de microcefalia por ano. Os problemas à nascença estão também associados a mães que contraíram sífilis, rubéola ou toxoplasmose durante a gravidez.