Depois da detenção de seis pessoas numa grande operação realizada quinta-feira à noite, as autoridades policiais belgas efetuaram mais uma prisão no bairro de Forest, em Bruxelas, esta sexta-feira de manhã. Alguns jornais belgas avançam que o último detido seria o suspeito que nas imagens de vídeo surge ao lado do bombista Khalid El Bakraoui, que terá provocado a explosão no metro de Maalbeek.

Entretanto, na Alemanha a polícia deteve também dois homens alegadamente relacionados com os atentados de Bruxelas. De acordo com a Bloomberg, que cita o Der Spiegel, as detenções foram feitas esta sexta-feira nas regiões de Giessen e Dusseldorf.

Uma mega operação policial foi esta sexta-feira desencadeada no bairro de Schaerbeek, em Bruxelas, resultando em mais uma detenção. O suspeito foi neutralizado pela polícia, com um tiro na perna, e alegadamente carregava explosivos numa mochila. De acordo com a imprensa belga, poderá tratar-se do suposto cúmplice de Khalid El-Bakraoui, o bombista que se fez explodir no metro de Bruxelas.

De acordo com o jornal belga L’Echo, do grupo de pessoas que foram detidas na quinta-feira apenas três permanecem detidas. Entre eles está Fayçal Cheffou, que pode ser o famoso “homem do chapéu” que aparece nas imagens captadas no ataque ao aeroporto de Bruxelas.

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As autoridades, contudo, ainda não confirmaram se estes detidos em Bruxelas tiveram uma participação ativa nos atentados de dia 22 de março, nem quantas pessoas terão estão envolvidas. Mas as investigações estão a aprofundar a hipótese de que os atentados de terça-feira em Bruxelas, que provocaram pelo menos 31 mortos, tenham sido desencadeados por duas equipas de terroristas, à semelhança do que sucedeu em Paris, em novembro de 2015.

O ministro do Interior francês anunciou também na quinta-feira passada que a polícia desativou uma ameaça terrorista, que resultou na prisão de um suspeito que, acreditam as forças policiais, estaria num estado avançado de preparação de um ataque em solo francês. Bernard Cazeneuve não conhece ligações aos atentados na Bélgica.

Bélgica reconhece falhas

Foi entretanto aberto um inquérito para investigar informações de que a morada de Salah Abdeslam (o único suspeito que sobreviveu aos atentados de Paris), no bairro de Molenbeek, foi transmitida à célula antiterrorismo da polícia judicial federal em Bruxelas.

Altos dirigentes belgas reconheceram já a existência de erros e falhas de comunicação que antecederam os ataques bombistas de Bruxelas. Surgem cada vez mais provas das ligações aos atentados de Paris e ao Estado Islâmico que sugerem a existência de uma vasta rede de atacantes treinados na Síria e que agora estão em território europeu. Uma das falhas já conhecidas foi a falta de resposta perante o alerta da Turquia em relação a Ibrahim el-Bakraoui, um dos bombistas do aeroporto, suspeito de atividades terroristas.