A TAP vai duplicar a partir de domingo as ligações aéreas entre Lisboa e o Porto, passando a ter 18 ligações diárias em cada sentido, com partidas de hora a hora, e tarifas a partir de 39 euros.

“A ideia é ter voos a interligar as duas cidades a toda a hora. Partidas de hora em hora daqui [Lisboa] e de hora em hora de lá [Porto]. É um grande salto na prestação de serviço”, anunciou em janeiro o presidente da TAP, Fernando Pinto.

A designada ponte aérea contará com uma nova frota e será operada pela TAP Express – a nova designação da Portugalia (PGA) – e também com aviões A320 nos horários e períodos de maior procura.

De acordo com fonte oficial da TAP, vai haver dois balcões de ‘check-in’ exclusivos para os passageiros da ponte aérea, estando o percurso até à porta de embarque devidamente assinalado para ser o mais “rápido e simples possível” e para tornar a opção área competitiva.

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“O importante é chegar ao aeroporto sabendo que muito em breve está a sair outro avião. A ideia é entrar em concorrência efetiva com o comboio e até com o sistema de autocarros”, explicou então Fernando Pinto.

CP responde com mais descontos

Entretanto, a CP – Comboios de Portugal intensificou a concorrência, com uma campanha de descontos que chegam aos 65% nos bilhetes para os comboios de longo curso (Intercidades e Alfa Pendular), desde que comprados com antecedência de oito dias.

Até julho, a TAP Express vai ter a frota totalmente renovada com 17 aeronaves (oito ATR52 com capacidade para 70 passageiros e nove Embraer 190 com capacidade para 100 passageiros), num investimento total de cerca de 400 milhões de euros.

A par com o reforço da operação entre Lisboa e o Porto, domingo de Páscoa – início do verão IATA – marca o fim de nove rotas com destinos europeus, consideradas deficitárias pela companhia: Barcelona, Bruxelas, Milão e Roma a partir do Porto, e Gotemburgo, Hannover, Zagreb, Budapeste e Bucareste, a partir de Lisboa.

O fim das rotas a partir do Porto levou o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, a criticar a estratégia da TAP e a admitir “apelar ao boicote da região” à transportadora, acusando-a de ter em curso uma estratégia para “destruir o aeroporto Francisco Sá Carneiro”, no Porto, e construir, em Lisboa, “um novo aeroporto e uma nova ponte”.

Fora da Europa, a TAP cancela a rota Lisboa-Bogotá-Panamá-Lisboa e ligação a Manaus (Lisboa-Manaus-Belém-Lisboa), que contará com “ligações otimizadas” asseguradas pela companhia Azul, de David Neeleman, acionista da TAP.

Ao mesmo tempo, a transportadora liderada por Fernando Pinto vai reforçar em 59 frequências semanais as ligações a destinos já operados pela transportadora aérea nacional, nomeadamente Espanha (Madrid e Barcelona), França (Paris e Toulouse) e Marrocos (Casablanca e Marraquexe), com o objetivo de ter “consistência no produto”.