As forças policiais belgas fizeram na manhã de domingo de Páscoa mais 13 buscas relacionadas com suspeitas de terrorismo. Nove pessoas foram detidas, mas cinco delas acabaram por ser libertadas ao início da tarde. No comunicado que emitiu e que está a ser citado pelas agências noticiosas, o Ministério Público da Bélgica não quis especificar qual o motivo que levou a estes raides, apenas referindo que estão relacionados com um “processo terrorista”.

As buscas foram feitas em toda a Bélgica: quatro em Mechelen, uma em Duffel (ambas a norte de Bruxelas), três na região de Bruxelas, três em Laeken (um bairro de Bruxelas próximo de Schaerbeek), uma no bairro bruxelense de Molenbeek e uma em Anderlecht.

Entretanto, no sábado à noite, a polícia italiana também deteve uma pessoa suspeita de estar ligada aos atentados de Bruxelas. Trata-se de Djamal Eddine Ouali, um argelino para quem a Bélgica tinha emitido um mandado de captura internacional e que, alegadamente, terá fornecido falsos documentos de identificação aos terroristas envolvidos nos ataques a Paris e a Bruxelas. O nome de Djamal Ouali apareceu pela primeira vez em outubro do ano passado, quando a polícia belga fez uma rusga relacionada com terrorismo. Um mês depois, aconteceriam os ataques de Paris. Djamal vai agora ser extraditado para a Bélgica.

A Justiça belga emitiu ainda um alerta para oito pessoas suspeitas de fazerem parte da rede jihadista franco-belga que participou na preparação dos ataques a Paris e Bruxelas. Essas pessoas terão estado em contacto com Abdelhamid Abaaoud, o alegado cérebro do atentado à capital francesa, morto em novembro pela polícia de Saint-Denis, nos arredores de Paris.

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