A polícia do aeroporto internacional de Bruxelas ameaçou este domingo fazer greve, a partir de quarta-feira, caso não sejam reforçadas as medidas de segurança depois do atentado de 22 de março, avançou a agência belga de notícias.

O aviso de greve foi confirmado por um sindicalista do Sindicato Nacional do Pessoal de Polícia e Segurança (SNPS, em francês) Alain Peeters.

Apesar do aviso datar de antes dos atentados de terça-feira, e de ter sido comunicado ao Ministério do Interior no dia 18, o dia da detenção do suposto cérebro do aparato logístico dos atentados de 13 de novembro em Paris, Salah Abdeslam, o sindicato considera que a tragédia de Bruxelas justifica mais do que nunca as suas exigências.

“Os tristes acontecimentos de 22 de março mostram que as nossas preocupações eram justificadas. Exigimos mais medidas de segurança e de pessoal”, referiu Alain Peeters em declarações à Agência Belga, citadas pela agência EFE.

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O sindicato deu a conhecer as suas preocupações à direção do aeroporto, que não irá reabrir pelo menos até terça-feira.

O sindicato exige o controlo de todos os passageiros antes da sua entrada na infraestrutura provisória do aeroporto e que nenhum veículo se aproxime a menos de cem metros do terminal temporário do edifício de embarque, indicou a mesma fonte.

Três explosões foram registadas na terça-feira em Bruxelas: duas no aeroporto internacional de Zaventem e uma na estação de metro de Maelbeek, junto às instituições europeias, no centro da capital belga. As explosões provocaram 28 mortos e 300 feridos. Os ataques na capital belga foram reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI).