O governo vai pedir a alocação de 126 milhões de euros de fundos comunitários do Plano Juncker para as tão aguardadas obras da linha de comboios de Cascais, avança o Diário de Notícias na edição deste domingo. O projeto para mudar a corrente elétrica da linha, incompatível com o resto da rede ferroviária, e renovar os comboios que lá circulam, é antigo. Mas devido à sua complexidade e ao elevado investimento exigido, tem sido permanentemente adiado.

Depois de abandonado o projeto do anterior governo de concessionar a linha suburbana a privados, que nunca saiu do papel, o plano passa agora por apresentar uma candidatura aos fundos europeus do pacote para infraestruturas. Segundo o DN deste domingo, as obras só deverão ficar concluídas no final de 2021.

As carruagens que circulam em Cascais tem várias décadas, algumas datam dos anos 50 do século passado, e apesar da renovação realizada ainda pela Sorefame no final dos anos 90, será necessário novo material circulante. Para além de tração elétrica e dos comboios, são também necessários investimentos na sinalização e na infraestrutura. O desgaste nas composições tem provocado um número crescente de avarias e intervenções de manutenção que já levou a CP a reduzir a oferta de comboios na linha de Cascais.

Já em fevereiro o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, tinha anunciado a intenção do Governo de usa o plano Juncker para o projeto de modernização daquela linha.

Na altura, Pedro Marques tinha dito que este seria o primeiro projeto do Estado português a ser alvo do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, da Comissão Europeia. “Este é um dos projetos que gostaríamos de candidatar ao Plano Juncker”, disse o governante no último dia 26 de fevereiro no Parlamento. O ministro não especificou como será feita a renovação dos comboios daquela linha, deixando apenas a certeza de que não haverá concessões para projetos na área dos transportes.

A modernização da linha ferroviária de Cascais era um dos projetos incluído no Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas 2014-2020 aprovado em 2014 pelo anterior Governo de Passos Coelho, que previa um gasto de 160 milhões de euros financiados sobretudo por fundos comunitários.

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