Os analistas cortaram a previsão de inflação este ano para 7,31% e aumentaram ligeiramente a estimativa da recessão, que passou de 3,60% para 3,66%, segundo a sondagem semanal conduzida pelo banco central.

De acordo com a agência de notícias financeira Bloomberg, os cerca de 100 analistas, economistas e investidores privados esperam que a inflação no Brasil seja ligeiramente menor este ano, abrandando a estimativa de 7,43% para 7,31%.

A evolução da economia, por outro lado, registou uma ligeira degradação nas expetativas segundo a sondagem conduzida no final da semana passada: os inquiridos esperam agora uma recessão de 3,66% este ano, face aos 3,60% que antecipavam na semana anterior.

Para o próximo ano, a previsão é também ligeiramente mais sombria, com os analistas a esperarem um crescimento de 0,35% face aos 0,44% que previam na semana anterior.

A inflação continua acima do dobro da meta do Governo, o que está a afetar o poder de compra dos consumidores e a dificultar as perspetivas de uma recuperação da economia brasileira, afundada numa recessão desde o ano passado, e a primeira vez em mais de um século em que a economia se afunda mais de 3% em dois anos consecutivos.

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A taxa de desemprego mantém-se em torno dos 10%, com a perda de empregos nos 12 meses até fevereiro a chegar aos 1,75 milhões de postos de trabalho.

Em março, o real ganhou 9% face ao dólar, e os analistas contactados na sondagem semanal conduzida pelo banco central esperam que termine o ano a valer 4,15 por dólar, ao passo que na semana anterior esperavam que valesse 4,2.

Para os inquiridos, o banco central brasileiro não deverá mexer na taxa de juro diretora, mantendo-a no valor mais alto da última década, nos 14,25%.